agora pouco...
Duas doses de xiboquinha, por favor.
Por quê? Bem, eu não quero pensar muito hoje a noite.
Eu quero dançar. Dançar.
E dancei bastante, flutuando na embriaguez.
Prefiro ficar de olhos fechados, bem fechados. Assim é como se eu estivesse – a despeito das eventuais cotoveladas e empurrões – sozinha na pista de dança. Eu danço de olhos fechados.
Eu sorrio de tudo guiada pela mão do álcool. Mesmo sem ver graça nenhuma eu sorrio. Fico dançando com aqueles dentes escancarados, aquela bocarra absurda...
Quando abro os olhos, bem, aí eu sou natural como uma samambaia de plástico... é, eu sinto como se as pessoas dissessem que eu sou uma planta artificial perdida ali.
Agora é a fatia de pizza fria.
Agora é a sonolência do álcool.
Agora é a vontade de ter ficado lá dançando, esquecida de tudo, da vida, de tudo.
Tive um momento de estranhamento tão intenso que me deixou as pernas sem saber o que fazer... Como pode alguém parecer tão outro assim tão de repente?!
Ele simplesmente já não é mais meu. Não é...
E eu sou isso daqui mesmo, sem nem ter mais. Esse lapso no tempo e no espaço, essa carcaça, essas olheiras, esse medo do escuro. E a musiqueta do Caetano pulsando nos meus ouvidos moucos... "quase fui feliz um dia, não tinha nem fundamento..."
1 Comments:
*arhh*
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