Re: cumprindo a promessa
Olá-aa!
Bem, em primeiro lugar, não sei se te interessa, mas o IPHAN abriu concurso e tem vaga no Rio e em outros estados, mas é só uma vaga por local.
Eu não sei bem o que te dizer, acho que nada que pudesse mudar seu astral, até mesmo porque eu sou uma drama queen inveterada. Há quem diga que não é exagero, que é masoquismo mesmo. Whatever.
Minha vidinha também vai seguindo seu rumo meio que sem me perguntar nada talvez mesmo porque já saiba que eu vou olhar com essa minha cara estranha e dizer um "sei lá, você que sabe". Na real, às vezes eu só queria mesmo que essa urgência da vida fosse como o meu despertador que me acorda aos berros, mas daí eu desligo - eu e meu eterno piloto automático matutino - e viro pra o lado e durmo de novo. Queria que pudesse ser assim, mas nem é.
Ainda acordo às 5h30 pra ir trabalhar. Ainda volto às 22h da UnB.
Vou aos cinemas religiosamente aos domingos ver os últimos lançamentos hollywoodianos com minha melhor amiga. Todos precisamos acender velas e queimar incensos, pois não?
Eu tava mesmo era a fim de sair fora, largar tudo e ir pra o México passar uma temporada com um dos meus irmãos, mas eu faço parte daquela fatia de desgraçados que trabalha a porra do mês inteiro pra não ter grana pra porra nenhuma. Vida de trabalho de merda. Eu odeio trabalhar, mas não tenho culhão pra ser hippie suja, aliás, odeio hippies sujos. Gosto mesmo é de tomar banhos de 20 minutos ou mais, de deitar e ouvir meus cd's que comprei numa promoção qualquer, tomar sorvete de banana caramelizada até querer mergulhar nele, beber piña colada sem motivo nenhum de comemorar porra nenhuma. Vidinha de quem não sabe porra nenhuma de nada, mas tem que seguir o fluxo pra não morrer afogada, ou ainda não se afogar de propósito, o que acho que seja mais provável no meu caso porque num belo dia de primavera, quando eu simplesmente não aguentar mais tanto céu azul e tanto vazio, eu me jogo da vida pra o Fim.
Eu ultimamente não tenho querido muitas coisas. Mas pensei bastante a respeito de ir ver o show do Weezer em Curitiba. Gosto bastante da banda, mas seria mesmo só um bom motivo pra viajar com meus amigos, aliviar a pressão dessa vidinha de mesmices que não para de acontecer dia após dia. Mas acho que não vou ter é grana pra bancar esse luxo... Foda-se o emprego! Eu não vou ganhar nenhum prêmio por ser uma professora dedicada, por levar trabalhos pra casa, por tentar dar aos alunos aquilo que eles nem querem de qualquer maneira. Mas falta a porra do dinheiro. Bem, vou ver em que merda isso vai dar. Se o rombo na minha conta não estiver tão astronômico, eu vou. Se eu não tiver dinheiro pra pagar as contas que já acumulo, aí fico por aqui mesmo e espero em posição fetal pelas férias de janeiro.
Eita vida de esperas. Pelo menos pelas férias eu sei que posso esperar porque essas chegarão mesmo que eu não chegue...
Queria te saber assim não, meu Ciano. Queria continuar te imaginando radiante... Mas mesmo nessa melancolia em que você se põe a escrever, você é doce. E eu que travo a língua, e eu que sem nem mais e com bem menos porque a poesia não habita em mim, largo esta máquina de te trazer pra perto de mim, e vou, sigo pra meu escondeirijo de livros e mofo e pó que é a biblioteca, o único lugar onde parece que sou eu mesma e confortavelmente.
Absurdos que me fazem feliz...
Você é um absurdo que me deixa feliz.
Você está aqui, bem aqui, junto das imagens que não sei de onde vêm, junto com aqueles cheiros familiares e fugidios que a memória rumina. Você é o Ciano dos Dias. E o dia hoje está lindo aqui.
E assim, sem saber te dizer nada que seja de qualquer bem pra você, eu, por minha vez, me calo.
Te beijo,
V. Absurda.
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