quinta-feira, maio 11, 2006

doze de maio

Ontem eu conheci a namorada de um amigo meu, daquele que eu gosto de encontrar porque me abraça. Realmente ele não mentiu, ela é um mimo. Achei bacana mesmo a menina porque eu gosto muito dele e ficaria meio preocupada se ele também estivesse carregando uma mala-sem-alças... Acontece freqüêntemente isso de um amigo ou amiga ter uma namorada ou namorado que é um chute no saco! Fiquei feliz por ele e por ela.
Antes da aula, ele foi comigo comprar pão-de-mel porque, afinal, alguma coisa tem que ter um gosto bom naquela aula, e ele só anda comigo abraçado a mim, então perguntei se ela não sentia ciúme dele, e ele disse que não podia porque senão seria uma coisa mútua já que ela também tem muita gente em cima dela. Achei uma atitude bacana, mas eu jamais conseguiria fazer isso... Lembrei da conversa de terça com um leitor assíduo, na qual ele me disse que eu tinha "cortes" talvez em excesso pra escolher entre os homens. É, leitor, talvez eu tenha mesmo... Talvez eu realmente escolha demais, ponha prerrogativas demais. Bem, com certeza alguma coisa eu estou fazendo de errado, não que isto queira dizer que a culpa seja toda minha, não é isso, os homens também têm sua parcela de culpa. Mas algo está errado e preciso começar a ter uma idéia do que é pra poder tentar corrigir. Entrei neste assunto porque eu realmente não consigo me ver ao lado de uma figura pop, especialmente do modelo desse meu amigo, que além de pop ainda adora o contato com o povo, então beija e abraça calorosamente todo mundo, quer dizer, todo mundo do sexo feminino... Ele gosta realmente da namorada e faz questão de dizer sempre isso, o que acho bastante positivo, mas eu não gostaria de ter um namorado tão carinhoso assim com as outras mulheres, e este é um corte bem específico. Nisso daí eu sei que preciso melhorar, no meu ciúme, na minha possessividade e na espectativa de que o cara não seja nem ciumento nem possessivo em excesso... Ai, ai, ai... que coisa complexa.

Estou com a impressão de que nada do que eu digo faz sentido...

Ontem passei boa parte do dia sendo atormentada pela minha consciência, ou melhor, pelo meu senso de ridículo... É que eu estava me sentindo absurdamente ridícula, secando Alguém, tentando participar sutilmente das mesmas conversas que ele, e quanto mais eu dizia pra mim mesma "pára com isto, sua louca!", mas eu fazia... Ah, que horror... Foi um verdadeiro show dos horrores, estrelando... eu... afff... Por que as coisas não podem ser mais fáceis? Por que quando a gente gosta de alguém a gente não pode simplesmente ir lá e dizer "olha, eu gosto de você", e ficar tudo bem? Por que as pessoas têm que se sentir invadidas, assustadas, ameaçadas, pressionadas ou sei lá mais o que, só porque alguém diz que gosta delas?
Eu queria poder dizer isso a Alguém. Porra, eu não quero casar e ter filhinhos com ele (nem com ninguém), não sei nem se quero namorar ou ter qualquer envolvimento com ele, eu só queria mesmo era chegar lá e dizer que gosto dele e que queria ficar perto dele mais um pouco, ir conhecendo-o, sei lá. E aí sim, depois de conhecido, dar uns pegas pra conferir a química :>
Mas eu mesma não faço idéia do que faria se alguém usasse de tanta franqueza comigo. Eu sou sempre sincera, honesta, com as pessoas, mas dificilmente as pessoas fazem isso comigo, então fica uma coisa sempre inusitada quando "desconhecidos" resolvem ser francos comigo.

Comprei meias pra usar com chinelo hoje. Ela são como luvas, só que pr'os pés. Achei-as um mimo e não resisti! E é assim que meu salário vai sendo consumido, reduzido à quase nada praticamente após entrar na minha conta... mas, enfim...

Um amigo acabou de me escrever falando pra eu trocar de óculos e mudar o corte de cabelo. Não que eu tenha perguntado qualquer coisa a respeito disso pra ele, mas, enfim, vou guardar esta informação e depois vejo o que faço com ela. Talvez eu até siga o conselho dele e o do amigo de terça, sei lá. Talvez eu nunca mais pense a respeito de nenhuma das duas conversas. Agora não é momento pra isso, depois eu resolvo ou ignoro, sei lá.

Estava me sentindo ontem a pessoa mais imbecil desta galáxia... Porque eu já deveria ter deixado Alguém pra lá porque ele está obviamente totalmente desinteressado em mim. Mas não, eu continuo querendo me aproximar... que triste isso.
Pelo menos hoje eu não pedi carona, ele me deu por livre e espontânea vontade. Acho que faleu demais no carro. Acho que eu não deveria nem ter aceitado a bendita carona e nem ter puxado assunto algum, mas é foda arranjar o que fazer pra não ficar olhando pra ele com cara de cachorro vendo frango rodar em padaria...
Preciso ir diminuindo as tentativas aos poucos, e não radicalmente porque senão aí eu vou começar a importuná-los de verdade...

Vai procurar coisa mais importante pra fazer na vida, Verônica!