terça-feira, maio 09, 2006

oirartnoc oa

Prezados senhores, venho por meio deste informá-los que sou alguém com sérios problemas de volubilidade...
Ah, meus senhores, não me joguem à cara algumas promessas frágeis que fiz relacionadas a não fazer determinadas coisas com um certo Alguém, como pegar carona... Pois é, eu acabei por trocar a carona que já havia aceitado e perguntei ao meu alvo se por acaso ele não viria por estas bandas. Eu faço tudo ao contrário do que deveria! Sou péssima... péssima comigo mesma, com minhas resoluções a meu próprio respeito...
Porq eu eu precisava dessa carona? Simples: pra poder estar perto dele, conversar mais um pouco com ele, saber um pouquinho mais sobre sua vida. Tentei fazer perguntas mais pessoais hoje e, trânsito maldito!, foi tão rápido que ele nem pôde me contar muitas coisas. Sim, eu fiz um percurso que não precisava só pra desfrutar da companhia dele. Eu deveria ter ido direto à casa de minha irmã, mas não, fiz uma volta e peguei o ônibus pra ir até lá, tudo por alguns minutos de conversa descompromissada... Que idiota!
Mas o que mais eu poderia fazer?!
É claro que há muitas coisas que podem ser feitas, meus senhores, ainda que nãod esejemos fazer nenhuma delas, opções sempre há. Reformulando então: eu optei pela cara-de-pau e por todas as conseqüências negativas que poderiam vir disso e perguntei se ele não passaria por aqui, eu pedi carona e ainda dei o motivo mais esfarrapado possível por ter me desfeito da outra carona que eu já havia aceitado antes. Foi tudo tão bobo que acho que ninguém veria algo assim tão óbvio... Quer dizer, espero que as pessoas ali presentes não tenham conseguido perceber o óvio e ululante motivo pelo qual declinei uma pra aceitar outra carona.
não consegui imaginar mais nada que pudesse me proporcionar uns minutinhos a mais com ele, ouvindo a voz dele, sentindo o cheiro dele, podendo estar ali tão próxima dos olhos dele, ainda que longe do seu olhar. Mas, que me importa, eu pude fruir todo aquele momento, apreciá-lo, saboreá-lo. Se pra ele foi inóquo, ok. Pra mim não foi. E se eu é que gosto dele, eu sou a interessada, é óvio que eu é que deveria ter sentido o peso do momento muito mais fortemente.
Engraçado como uma simples carona pode ser tantas coisas e não ser mais do que uma simples carona... me lembrou da música "a kiss is just a kiss...". Mas não, deixa esse pensamento em beijos pra lá. Que se percam tais pensamentos bem antes de me cruzarem o caminho porque é cruel demais pensar em beijos que não serão dados, que não existirão. Os beijos deveriam existir, e serem como flores que se pode simplesmente colher, mas essa não é a natureza deles e isso dói de uma forma tão singular que é melhor calar. todos os beijos não dados deveriam calar-se.
Calo-me pois, mas apenas por esta noite.
Calo-me agora pra deixar a boca dos meus sonhos falar alto.
E pretendo fazer com que meus sonhos franzinos alcem vôo, sobrevoem a vida do possível, do tédio, das frustrações medíocres e toquem as maravilhas, a fantasia, o inesperado.
Durmo com ele, acalanto-o nos meus braços de sonho, adormeço nos braços dele no sonho que é meu e apenas meu.
Um sonho meu onde ele é meu e de ninguém mais.
Possessiva... bem, pelo menos no sonho eu poderia me dar ao luxo, não?