segunda-feira, março 07, 2005

over my dead body

"over my dead body" é uma frase do disco novo do Radiohead, Hail to the Thief. era o título que eu queria ter colocado no outro post, mas esqueci...
bem, eu vivo ouvindo esse cd no discman agora. vou e volto do trabalho ouvindo isso, durmo e acordo nos ônibus, no metrô, nas lotações, ouvindo esse disco. bom pra caralho. triste e estranho e poético sobretudo. cada disco novo parece melhor do que o anterior. muito foda isso. Radiohead é muito foda. é, sou meio masoquista mesmo. acho que o anticoncepcional está me fazendo mal de novo, estou me sentindo extremamente irritada e triste. como eu odeio tantas coisas! como é difícil amar sem esperar nada em troca. eu diria impossível. eu espero muitas coisas. eu exijo muitas coisas e sabe o que é o pior?, eu acho que estou certíssima em ser assim mesmo, desse jeitinho, exigente, muito exigente. mas, se serve de algum consolo, meus senhores, eu só peço aquilo que estou disposta a oferecer, e isso é do fundo do meu coração. eu tenho muito pra oferecer, mas só pra quem estiver disposto a dar em grandes quantidades também.
agora estou triste. saí de casa hoje de manhã e estava normal, quer dizer, não estava triste. mas também não estava feliz. é raro mas acontece de eu acordar assim, me sentindo feliz e olhando o céu e as nuvens. hoje não foi um desses dias raros. eu estava simplesmente... me fogem as palavras... eu estava quieta, na minha. fui trabalhar, falei com alunos, tentei não ser tão severa, almocei. e então, voilà: a tristeza cai feito uma bigorna de desenho animado... mas, adivinha só, isso não é um desenho animado e eu não saio de debaixo da bigorna com passarinhos cantando ao redor da minha cabeça. bem, felizmente não há passarinhos cantando na minha cabeça porque aí além de triste sem motivos aparentes, eu ainda teria que me preocupar com a esquizofrenia... putz... whatever.
é melhor não ter espectativas, mas é algo dolorosamente solitário. não ter sonhos pra agarrar pelos cabelos violeta é algo triste... é como se fosse apenas eu e o tempo, eu e o concreto armado dos prédios, eu e... bem, eu e eu...

tem coisa mais triste que não se sonhar acordada com nada?