oito de setembro e a carne das violetas
a textura da língua
a complexidade da língua
a limitação da língua
nosso idioma
nossa carne
momentos em que faltam palavras
instantes em que não há como escolher entre tantas, entre todas as palavras certas
a carícia das palavras sussurradas
a vertigem do que não é dito
nossos corpos que se calam
a sua língua na minha boca
o seu nome na minha mão
meus olhos, seu sorriso
seus olhos, meu caleidoscópio
tiro os óculos pra te ver melhor
clichê?, mas é verdade
e as violetas que você me deu, as pintei na memória e, como um retrato, olho pra elas e vejo você em todos os lilases do seu sorriso de Menino
Quero te comer com pão.
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