sexta-feira, fevereiro 03, 2006

deuses, deuses... o que será que está acontecendo comigo?
eu penso nele muito ainda.
odeio saber que ele me faz falta.
meu girassol, que de meu não tem mais nada...

hoje ganhei um cd. bem bacana. gravaram pra mim. fizeram até capinha e tudo mais. e, não sei se por coicidência ou pura ironia do destino, entre as músicas havia uma que um anônimo postou pra mim dias atrás (talk do Coldplay). já mencionei, meus senhores, que odeio anônimos? são os piores covardes. e de covarde já me basto a mim mesma.
gostei de ganhar o cd. gosto de ganhar coisas. quase nunca ganho nada de ninguém, mas não reclamo porque quase nunca dou qualquer coisa pra qualquer pessoa, e nem é por mal, é por pura falta de recursos. mas acho bacana quando fazem algo e me dão. penso no tempo gasto na execução daquilo, seja lá o que aquilo for.

encontrei uma colega dos tempos em que eu trabalhava na kingdom ainda, séeeeculos atrás. o rostinho dela continua o mesmo, mas agora ela está casada e tem um filho. nunca tinha tido a sensação que me caiu como um piano na cabeça quando ela contou as mudanças em sua vida: a minha vida continua a mesma. é, é sim, meus senhores, tenho 28 anos, quase 30!, e a minha vida está estacionada há anos no mesmo ponto... continuo trabalhando, estudando, saindo de vez em quando, continuo sem grana, sem namorado e sem nenhuma ambição concreta além de me formar. antes era me formar em artes, agora, biblioteconomia. minha vida não sai deste lugar, o lugar do medo, da tristeza, da insegurança - esta sim -, que é a única coisa que parece crescer na minha vida.
não, não quero casar e ter filhos. isso também é que não. eu queria conseguir fazer uma mudança real, substantiva, na minha vidinha, essa vidinha com letra minúscula e no mais pejorativo dos diminutivos. minha vidinha.
que bosta de vidinha.

fui hoje à farmácia comprar o remédio que o gastro me receitou e dei uma gargalhada ao ouvir um valor de três digítos. cento e quarenta e dois e... nem ouvi os centavos. só pude mesmo rir. 28 comprimidos a esse preço. só rindo! isso daí é quase o que eu vou ter que gastar com meu pai neste mês e, aliás, não quero nem pensar em quanto mais vai ser que é pra não precisar ainda mais dos malditos - e caríssimos - comprimidos. minha gastrite (tomara que seja só a boa e velha gastrite) que espere até ele se recuperar. não vou nem marcar a endoscopia pra não ter notícias piores.
saí rindo da farmácia, que cena dantesca! mas eu costumo rir quando fico nervosa. às vezes choro, mas isso é só quando estou sozinha, como agora. em público, eu rio.

fiquei com uma vontade imensa de sair. mas pra onde? aonde eu poderia ir sozinha, a esta hora e de ônibus?! faça-me o favor, mocinha, controle-se! controle-se!
amanhã tenho aula às 8h. aula no sábado de manhã. quem merece isso?? eu, claro!!!
queria sair hoje porque amanhã não vou sair. já sei disso desde agora. e no domingo tenho que ir pra casa do meu pai logo cedo.
queria sair hoje, agora, neste exato momento pra ser mais precisa.
sair e não voltar mais.
sumir.
desaparecer.
just like that...

1 Comments:

At domingo, fevereiro 05, 2006 9:55:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Verônica,

Sobre o seu remédio, queria que você atentasse pro seguinte:

1. Veja se tem genérico dele. Eu tomo Pantoprazol, e a diferença do genérico pro não-genérico é absurda.

2. Vá à Drogaria Genérica (302 Sul - Rua das Farmácias - Bloco D Loja 7 - ao lado de uma loja de quinquilharias). Lá costuma ser BEM mais barato que em outras farmácias, inclusive a Santa Marta.

Beijim,

Nélio

 

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