quinta-feira, março 30, 2006

Lili

Olá-aa!
Lili, menina, não tenho seu i-meigo, então vou escrever aqui pra você, ok?
Não se preocupe, você não está sendo invasiva. Eu escrevo aqui o que eu diria se as pessoas me perguntassem a respeito... :> (Menos os poeminhas que escrevo de vez em quando)
E, enfim, como nem sempre podemos estar em contato, acho que ler os blogs uns dos outros dão uma ajudinha pra gente não ficar muito desatualizado com relação às pessoas com quem nos importamos. Pode ler e comentar a vontade.
A propósito, eu acionei essa coisa de moderar comentários só pra poder apagar os anônimos antes de vê-los no meu blog. Os outros que sejam escritos por "pessoas reais", esses eu não apagarei.
Espero que você esteja bem, saudável e aproveitando este brevíssimo recesso da UnB.

Beijoca.

terça-feira, março 28, 2006

mexicanas

Bem, eu já deveria estar dormindo a esta hora, mas ainda tenho que ficar um pouquinho mais acordada, só pra escrever este post.
É que chegou hoje pra mim uma sacola preta vinda do México, que meu irmão me mandou, cheinha de tecidos lindos e coloridos e lindos que eu amei!!!
Já estou tendo algumas idéias a respeito do que fazer com alguns tecidos: farei bolsas pras minhas três irmãs e espero que elas gostem. Se não gostarem, que deixem de enfeite em algum lugar de suas casas e que pensem que as fiz com todo carinho.
Mas ele me mandou uns tecidos finos, muito delicados pra bolsas e vou deixá-los esperando que eu aprenda a costurar roupas porque acho que serão melhor aproveitados assim.
Eu havia mandado um i-meigo pra o meu irmão pedindo uns retalhos de tecidos, mas ele mandou muita coisa! Putz, eu já ficaria suuuper feliz com uns dois ou três retalhos de tecidos diferentes... Achei bonito da parte dele fazer isto por mim.

Resolvi fazer um tipo de blog pra postar as fotinhas das minhas coisas, das bolsas e do que mais der vontade.
Taí o endereço, meus senhores: http://www.flickr.com/photos/50119029@N00/
Ainda tem só três fotos, mas daqui a uns dias eu ponho mais.

No mais, li a metade do livrinho de auto-ajuda hoje, e estou apreciando esta coisa "minutos de sabedoria" que o autor faz transbordar. Quero mudar minha conduta e preciso me concentrar nisso. Meus senhores, saibam que uma revolução está se processando dentro de mim e, muito em breve, hei de vencer a Guerra contra a minha Resistência.

Peço sua licença para escrever aqui uma coisa que gostei bastante do livrinho do Pressfield: "Hitler queria ser artista. (...) foi mais fácil para Hitler deflagrar a Segunda Guerra Mundial do que encarar uma tela em branco." [Grifo meu]

No momento preciso dormir e descansar pra lutar amanhã de novo.

Boas noites a todos.

segunda-feira, março 27, 2006

vinte e sete de março

Às vezes eu me sinto como se fosse o maior embuste de todos os tempos.
Noutros dias o céu me parece azul como só agora poderia estar.
Meus altos e baixos.
Muito baixos e alguns altos... c'est la vie, n'est pas?

Hoje eu comprei meu primeiro livro de auto-ajuda descarado:
A guerra da arte: supere bloqueios e vença suas batalhas interiores de criatividade. Pressfield, Steven. A desculpa pra um ato tão desesperado? Beeem, lá estava eu no meu templo (quem adivinhar qual, ganha estrelinhas pra pôr nas unhas!!!), tentando achar um pouco de paz entre tinturas pra cabelo e esmaltes com glitter, quando vi, numa prateleira tipo "no monte é 3 por 10" cheia de livros. Putz, aí já viu, uniu a palavra promoção e a palavra livro na mesma tabuleta, fodeu! Eu vi primeiro a seguinte chamada num livro: "Anthony Burgess autor de A Laranja Mecânica, Nada Como o Sol, um romance sobre a vida amorosa de Shakespeare". Aí fui obrigada a chegar perto, tirar o livrinho do monte, apreciá-lo e pensar que se o livro fosse uma porcaria, não teria sido um estrago financeiro muito grande porque ele custou só nove e noventa. É isso mesmo, meus senhores, apenas nove e noventa!
Aí eu resolvi ver se achava mais alguma coisa interessante e o bendito livro de auto-ajuda praticamente saltou pra dentro da minha cestinha...
Ainda não tive tempo de dar nem uma folheada, mas o farei assim que me deitar. Acho que será uma boa pedida pra animar as coordenações... afff...
Semana passada tive que escolher entre livrinhos sobre dinâmica e "Orgulho & Preconceito", agora isto! Onde é que vou parar deste jeito?!
Quase chorei na frente do vendedor porque não pude levar o meu tão sonhado "Orgulho & Preconceito"... Estou pra ir à biblioteca demonstrativa me associar se eles tiverem este livro que na BCE está desaparecido... Que triste isso! Dinâmicas... humpf! Dinâmicas!!! Meus senhores, meus senhores, agora eu sou uma pessoa que lê livros sobre dinâmicas de grupo!!! Preferia poder ler romances, contos, novelas... Enfim, fica pra próxima, pra quando eu tiver um emprego decente e deixe de ser "amiga da escola" ganhando esse salário simbólico, essa ajuda de custos que o GDF me paga...
Um dia, minha dívida para com a sociedade estará quitada e aí eu poderei ter um emprego com um salário de verdade e vou poder comprar bastante livros e ler no próprio trabalho nos intervalos.

Um dia...

sexta-feira, março 24, 2006

exército de um homem só não faz verão

Ontem andei conversando com o cara dos cd’s. A impressão que tive ao final da conversa foi que não adianta, ele simplesmente não entende nada o que eu digo, nunca entendeu, ou pior: faz questão de não entender. Já cansei de dizer que dessa água não bebo mais porque teve efeitos colaterais demais e não me interessa mais nem um pouco retomar antigos problemas. Talvez eu não fale com clareza. Talvez ele seja desses homens que quando uma mulher diz não, tem certeza de que ela quer dizer, na verdade, sim. Acho isso detestável. Quando eu digo não é não mesmo. Simples assim. Quando digo que desta água não bebo mais, é porque não beberei mais mesmo.
Meus senhores, será que só eu presto atenção aos ditos populares? “Águas passadas não movem moinhos”.
Enfim...
Não tenho paciência pra ouvir sempre as mesmas coisas, os mesmos clichês e as mesmas coisas que ele (você mesmo, caro leitor!) sabe que são piegas, meus senhores.

O que eu procuro é uma utopia: um homem com idéias novas sobre os assuntos de sempre. Um poeta, um cara que faça poesia sem nem se dar conta, de forma natural, sem pedantismos ou citações de livros “clássicos”. Os livros, eu mesma posso lê-los. Não vejo nada de especial em pessoas que citam livros aqui e acolá pra dizer que lêem, até mesmo porque Conhecimento não está tão relacionado assim com leituras acadêmicas e títulos e blá, blá, blá.
Sempre me apaixonei por caras de idéias, às vezes um tanto quanto loucas, mas, enfim, dele. Detesto ouvir hoje o que já nem quis ouvir há anos atrás.
Mais utópico ainda: um homem novo (daquele tipo especial de pessoa que a gente conhece e pensa, putaqueopariu!, que cara fascinate!! eu poderia ocnversar com ele durante horas e horas e horas.... será que é de verdade? nunca vi isso antes! ). Chega de figurinhas repetidas, de estereótipos repetidos. Pelo menos quero poder experimentar problemas novos. Pelo menos isso. Será pedir demais? Se for, fico sozinha mesmo, não me incomodo com isso, sei que sou uma ótima companhia pra mim mesma. Falsa modéstia, pra casa do caralho!

Estou escrevendo agora pra descansar meu polegar... Estou tentando costurar uma bolsa pra deixar lá no Verdurão amanhã mas tá foda e meu polegar tá doendo, tá latejando. Eu tinha que fazer uma faxina agora também porque um dos meus sobrinhos virá passar o dia aqui comigo amanhã e vai dormir aqui também, no meio desse micro-caos que é minha kit... Se eu não fizer isso agora, amanhã de manhã terei que acordar cedo pra faxinar... Afff... Chega de acordar cedo no sábado também!!! Preciso de um recesso decente... Estou cansada! Cansada! Quero é ganhar logo na megasena, viajar, ter meu próprio negócio e nunca mais ter hora pra acordar. Quero poder fazer cursos de idiomas do tipo latim e grego arcaico. Quero decorar meu apartamento com os móveis que eu planejar feitos nos materiais que eu quiser. Nunca mais quero comprar em milhões de prestações nas casas Bahia. Quero levar meus sobrinhos pra passear sem ser de ônibus. Quero poder dar presentes pra os meus amigos sem nenhum motivo aparente além do fato de ter encontrado algo que achei parecesse com eles. Quero ficar de saco cheio de Brasília e me mandar daqui em meia hora, passar uns dias fora e voltar morrendo de saudade desse concreto, desse tédio. Quero dar a pala e quebrar pratos!!! Quero beber piña collada na hora em que eu achar mais apropriado. Quero trabalhar pra mim mesma, ser minha chefe, criar coisas, desenvolver meus próprios projetos e produtos de madrugada e não precisar me preocupar em dar satisfações a nenhum encarregado. Quero não ter que me preocupar com chefes de costas largas afilhados de políticos corruptos. Quero sossego! Quero um computador novo! Quero ajudar cada um dos meus irmãos a comprar uma casa boa e pagar pelos estudos dos meus sobrinhos. Quero ir com minha afilhada pra Disney. Ah, quero não precisar me preocupar com o maldito plano de carreira que o maldito governo quer empurrar goela abaixo e que é uma afronta aos professores. Quero dar aulas como voluntária, por amor, por prazer, não pra garantir esse saláriozinho de merda. E, quando eu sentir necessidade de ser amada, compro um namorado que me agrade porque, como dizia o Nelson Rodrigues, dinheiro compra até amor verdadeiro.
Whatever.Quero ganhar na megasena sozinha!!!

segunda-feira, março 20, 2006

vinte de março de dois mil e seis

Mesmo cansada os pensamentos não param de se suceder na minha cabeçona de mamão.

Ouvindo "nobody knows it, but you have a secret smile and you use only for me", me senti bem.
"Que diabos!", pensei, "vou editar aquelas merdas de posts"
Ah, meus senhores, algumas palavras não deveriam nunca ser ditas, não porque falsas; ao contrário, verdades tão viscerais que deveriam permanecer trancadas no meu esquecimento. Não quero mais ter sobre mim o peso dessas palavras amargas, quero esquecer esses dissabores idiotas e me concentrar em aprender a me preocupar só com aquilo que está ao meu alcance.
Não deixo de sentir uma pena de que pessoas tenham perdido precioso tempo de suas vidas sendo falsas consigo mesmas porque, quanto à mim, me diverti o quanto pude do fundo do coração, sendo sincera em tudo, cada gesto, cada palavra. Nunca tive o péssimo hábito de conviver intimamente com pessoas que não gosto, então, se estive com essas pessoas, foi porque realmente gostava delas, me importava com elas e gostava de suas companhias, sempre acreditando que a recíproca fosse verdadeira. Me enganei, fazer o quê?
Agora, meu senhores, vou continuar a fazer coisas boas pra mim mesma e pra os corajosos e corajosas que decidirem que querem estar perto de mim. A eles e elas, o meu amor, aos outros, nada. Nem mágoa, nem desprezo, apenas minha indiferença.

Senhores: beijo na bunda e até segunda.

domingo, março 19, 2006

Para: Mim

Abri a porta de ferro lá de baixo e, ao entrar, voltando hoje da casa do meu pai (ele está bem, até reclamando da festa de aniversário da vizinha porque não pode ir lá encher a cara...), pensei que eu realmente gostaria de receber uma carta. Esta semana, cheguei um dia e vi um envelope no chão da portaria, daqueles clássicos, brancos com a borda em verde e amarelo, e embora eu soubesse que aquele não era um envelope endereçado a mim, eu o apanhei do chão e quis que estivesse escrito meu nome logo abaixo de “Para”. Era uma carta para o vizinho da esquerda. Que pena... Queria tanto que fosse pra mim... Mas quem haveria de me escrever? As pessoas que conheço agora só me deixam, quando muito, um ou outro scrap no orkut e eu já fico feliz só com isso. É o que faço também, sou uma amiga negligente, dessas que esquece principalmente aniversários de pessoas que ama... Raramente ligo pra perguntar “e aí, como você está?”, mas eu me lembro das pessoas. Penso nelas constantemente. Meus amigos. Minhas amigas. Pessoas que eu amo muito e que nem sempre acho que existe uma reciprocidade, mas, enfim, não sou de ligar pra ninguém. Diante disso, quem me escreveria? O Girassol me escreveu algumas cartas, mas elas foram queimadas no Ritual de Desintoxicação, na fogueira no chão da cozinha dentro da lata de sustagem... Pena que minha memória delas também não foi queimada, evaporada...

Eu lembro que gostava de escrever cartas também, longas, e com minha letrinha redonda de quem gastou muitos cadernos de caligrafia. Eu escolhia papéis coloridos, envelopes coloridos, mas gosto de caneta preta.
Hoje em dia, pra quem eu escreveria? Quem dispõe desse tipo de tempo?
Acho que escreverei cartas pra mim mesma. Tem certas coisas que não se pode pedir aos outros. Tem certas coisas que não se pode simplesmente esperar que os outros adivinhem ou que aconteça naturalmente. É por isso que eu comprei perfumes masculinos: gosto deles e não posso esperar pra ter um homem perfumado por perto: uso eu mesma. É por isso que eu me dou pequenos presentes e me permito ser mal-humorada e preguiçosa até comigo mesma, porque, afinal, não se pode esperar muito dos outros quando não se faz muito pelos outros e eu acho que faço pouco e, mesmo assim, não penso em redirecionar esta atitude.
Descobri que gosto de ficar na minha, como um prédio: quem quiser conhecer, visitar, estou acessível, mas nem sempre e nem a todo mundo porque todo mundo é gente demais... Pode ser uma metáfora idiota, meus senhores, mas é isso aí.
E tudo o que eu queria, quando chego exausta em casa, era ver no chão da portaria um envelope branco de bordas verde e amarelo com o meu nome no destinatário...

...

Minha irmã me disse, semana passada, que se não fosse a doença do nosso pai, ninguém passaria tanto com ele, especialmente eu, que nem nos almoços de família apareço. Concordei com ela. Não havia o que dizer porque essa é a mais pura verdade: nos afastamos o quanto pudemos do convívio com nosso pai, especialmente eu. Não sinto nenhuma culpa por ter me afastado, e a mágoa pela negligência dele, continua. Mas não reclamo desses domingos em família, eles são bons e calmos, exceto pelo terrível gosto musical do meu irmão que mora lá, e da programação pra lá de trash na tv aberta que me pai assiste.
Minhas irmãs falam, eu tricoto. Meus irmãos entram e saem, eu tento pintar alguma coisa. Minhas sobrinhas dançam, pula, gritam, e fazem todas essas coisas que as crianças fazem e irritam velhas rabugentas como eu, mas olho sobre os óculos e às vezes até sorrio e continuo a lixar as unhas do velho pai.
Falo pouco, não há muito o que eu possa dizer, mas isto não me incomoda, ficar calada, o que às vezes me importuna é ouvir... É, definitivamente o que mais me incomoda são as “músicas” que meu irmão ouve, só pra confirmar a minha tese de que a qualidade da música ouvida num carro é inversamente proporcional ao volume do som, ou seja, ele ouve as piores atrocidades cometidas contra a Música, no último volume...
*suspiro*
Ver "domingo da gente" com aquele insuportável pagodeiro me parece menos pior...

Semana que vem tem churrasco pra comemorar o aniversário de outro irmão. Bem, eu tenho uma porção deles, tem sempre alguém fazendo aniversário, especialmente os sobrinhos. Agora até que acho bom ter família grande. Agora que estou morando sozinha e posso me dar ao luxo de chegar em casa e achá-la do mesmo jeito que estava quando saí. Agora que não preciso mais me trancar de noite no banheiro pra poder chorar sem ninguém ver...

Não reclamo de ir à casa do meu pai, mas confesso que sinto falta de ficar em casa sozinha um dia inteiro, de usar meu domingo só pra não fazer absolutamente nada. Sinto falta do meu domingo, porque agora ele é o domingo da casa paterna... Enfim, do jeito como ele está melhor, em breve terei meus domingos de novo só pra mim. Talvez eu volte lá vez ou outra, mas não gosto de sair de casa aos domingos. Não mesmo. Só se for o caso de um cineminha no final da tarde, mas é que cinema é cinema...

sexta-feira, março 17, 2006

chá da Maria Amélia Elgin

tava aqui escrevendo o chatíssimo trabalho de base de dados, mas queria mesmo era largar tudo e ir costurar, deixar o dia por conta da minha querida máquina nova. o trabalho daqui a pouco que vá pra o espaço!
bem que eu queria...
mas não dá. terei que terminar o texto até a hora de sair pra o trabalho. e, quando eu voltar das aulas de noite, terei q finalizá-lo, ou seja, lá se vão minhas oito horas de sono... uma pena, mas final de semestre é assim mesmo.
só poderei costurar agora na terça-feira... não é brincadeira não! sábado tenho que digitar o índice remissivo que fiz pra um livro e isso é coisa demorada porque tem que se fazer umas três revisões, no mínimo. domingo é dia de ficar na casa do meu pai até de noite. já chego cansada de lá. segunda, trabalho o dia inteiro, tenho aula de noite. e aí, costuras, bordados, et., só na terça. em compensação, poderei fazer minhas coisas todos os dias de noite e aos sábados enquanto durar o recesso na UnB.
tive uma idéia enquanto olhava pra minha máquina, aliás, o nome dela não é máquina nova, é Maria Amélia Elgin, enfim, a idéia foi a seguinte: um chá pra Maria Amélia Elgin! quando a Geladeira chegou, eu fiz a festa da geladeira, agora tenho que fazer a festa pra Maria Aélia Elgin!
não vai dar pra ser esses dias, acho que só no feriadão de Abril, mas, enfim, já é algo pra eu fazer no feriado.
bem, agora deixa eu voltar pra o texto chato...

quinta-feira, março 16, 2006

anônimo

sabe, isso de receber posts anônimos é realmente uma bosta. é bastante cômodo pra quem escreve, claro, mas para mim é um duplo incômodo porque preciso apagar duas vezes algo que não deveria sequer ter sido escrito...
já falei e repito: se tem algo pra me dizer, me diga, mas não se esconda atrás de um post anônimo porque isso sim pra mim é que não é "amadurecimento"...
meus senhores, me poupem! identifiquem-se. se não tem nada pra me dizer, então não diga. se quer me dar algum recado, identifique-se, mas se eu não te conheço, guarde suas frases "minuto de sabedoria" pra alguém que você conheça e realmente precise delas.

quarta-feira, março 15, 2006

pedir carona, nem pensar!

Bem, meus braços ainda estão doendo... eu trouxe minha máquina de costura nova sozinha pra casa. Foi um pecurso foda, mas valeu muito a pena! Ela é linda linda linda linda! Comprei nas casas Bahia mesmo e pagarei em suaves prestações a perder de vista (por favor, meus senhores, não toquem na palavra juros...).
Pelo menos esta nova amiga não vai me acusar de interesseira duas-caras que dá em cima dos caras que ela gosta. Dinheiro muitíssimo bem empregado.

Mas meus braços doem. E meu estômago revira de raiva. Raiva em estado bruto. Uma pena porque, só pra variar, eu é que saio perdendo, eu e as paredes do meu estômago, mas é inevitável... Enfim... Agora com certeza me manterei ocupada por muuuuuuito tempo.

Pois é, eu a levei da loja no subsolo do Conjunto Nacional até à rodoviária, passei pela roleta do bendito ônibus, desci sozinha do ônibus e vim andando do ponto até em casa. Nada mal pra uma magricela fracote como eu. Eu poderia ter pedido ajuda pra alguma amiga ou amigo, mas agora prefiro não. Nunca gostei muito de pedir favores e, quer saber, eu deveria ter me mantido longe deles.
Agora vai ser assim mesmo: vou até onde os ônibus me levarem e nos horários em que eles estiverem disponíveis. Festas no lago norte, no park way, ou mesmo aqui no Plano fora do horário de circulação dos ônibus, tô fora! Churrascos no lago sul?, só se tiver ônibus ou se alguém me oferecer carona. Chega de ficar importunando os outros e correr o risco de ser levada a contra-gosto como parece ter acontecido várias vezes, não é, meus senhores? Mas é claro que quem sai perdendo sou eu! É óbvio! Contudo, meus senhores, perco a festa mas minha dignidade estará salvaguardada porque esta, se eu vacilo, acaba. Festas tem tudo quanto é dia em tudo quanto é lugar. Não vou morrer se parar de dançar em público, danço sozinha em casa.
Vai ser meio triste a princípio, mas, enfim, os seres humanos se adaptam à todo tipo de situação: me adaptarei também. E, talvez, se eu realmente tiver as amigas e amigos que acho que tenho, eles vêm me visitar quando sentirem alguma saudade ou então a gente marca de se encontrar num lugar acessível (Academia e Pier, nem pensar!) pois me recuso a pedir carona de novo. Me recuso a passar por isso de novo. Porque, meus senhores, dói. Dói pra caralho. Como se não bastasse o fato de eu ter que pedir carona, de pedir um favor, ainda receber isto jogado na cara, é demais até pra mim. E, se pedir carona faz de mim uma interesseira, saibam que eu não quero mais errar, quero me recuperar e me tornar apta ao convívio com meus iguais, quero ser uma boa pessoa.
Pedir carona agora é coisa do passado pra mim.

Bem, como eu sou uma “pobre professorinha”, meio de transporte próprio é o que não terei nem tão cedo e, sinceramente, prefiro ficar em casa do que me apressar em fazer mais uma dívida monstruosa só pra poder frequentar festas. Não tenho mesmo como comprar um carro agora, nem mesmo uma moto, e é por minha própria culpa, já que resolvi que seria independente e pagaria aluguel e me bancaria e não dependeria de ajuda de custo de familiares (até mesmo porque se esperasse por iso, estaria mais fodida ainda). Mas eu sou descontrolada mesmo quando o assunto é grana e nunca escondi isso de ninguém. Pois bem, agora que ficarei mais tempo ainda em casa, talvez assim eu consiga saldar as dívidas no banco e, quem sabe, num futuro longínquo, comprar um carro. Não, não, meus senhores, eu farei questão de dar carona pra quem eu puder. Não sou do tipo que desconta o que fizeram comigo em outras pessoas. Assim como sempre ofereço minha casa pra quem eu sei que precisa porque muitas vezes eu precisei de um lugar e não tinha pra onde ir, eu oferecerei caronas pra quem precisar. Nada de falsas promessas, meus senhores, a sinceridade ainda me é inalienável... aliás, bendita sinceridade!, por ser como sou e falar o que me parece certo é que estou na situação de agora; por isso já fui taxada de negativa, baixo-astral, etc., por falar a verdade e não fazer o que muita gente faz: dizer belas mentiras pra ser aceita e amada.

Não pedirei desculpas nem a vós, meus senhores, e sei que este assunto é irritante, mas é algo que me incomoda demais demais demais mesmo ser injustiçada. Mas, como disse um sábio “vivendo e aprendendo”.


Gostaria até de deixar aqui registradas as minhas desculpas a todas aquelas e aqueles a quem ofendi gravemente pedindo carona. Mil perdões!!!
Não gosto de dever nada a ninguém. (O BRB não conta porque não é pessoa física!)
Enfim, realmente me desculpem pelos transtornos e prejuízos financeiros e emocionais que me dar carona podem ter ocasionado às senhoras e aos senhores. Sem mais delongas no momento, até mais ver, se o meio de transporte público e coletivo permitir.

terça-feira, março 14, 2006

treze de março de dois mil e seis

Que final de noite mais triste esta, meus senhores...
Nas piores horas é que a gente descobre quem realmente está do nosso lado e eu percebi, triste, que não são muitas as que me dariam a mão caso eu precisasse... porque se eu pedir, é porque só me lembro delas quando estou precisando porque sou uma interesseira.
Eu achava que os amigos faziam uns pelos outros as coisas de coração porque é isso o que eu faço, mas dar carona é algo que custa muito mais do que o litro de gasolina... espero que uma amizade seja o suficiente pra pagar o preço porque eu me demito deste posto. Prefiro ficar em casa ou só ir até onde os ônibus me levem do que pedir carona de novo.

Só agradeço eu ter tido o bom senso de não ter modificado minha amizade com um amigo (que, aliás, me abraçou no sábado e me disse que eu era sua melhor amiga, sua amiga mais próxima, e eu quase chorei porque achei tão lindo!!! e isso me fez um bem que ele nem imagina...) em troca de outra que não tem se mostrado nem um pouco à altura.

Como eu disse pra uma outra amiga hoje, não tem jeito: por mais que eu me esforce em fazer as coisas direito, sempre vai ter alguém me sacaneando. Infelizmente, quando é amiga dói mais profundamente...

quinta-feira, março 09, 2006

mindigo

Por que todo cheira-cola, bêbado e/ou mendigo sempre parece achar que eu preciso de companhia no ônibus?!

sexta-feira, março 03, 2006

Dia Bom

Meu dia hoje foi – preciso realmente admitir – bastante bom, apesar de ter trabalhado... Humpf, “o trabalho dignifica o homem”... ok, ok, mas eu, como sou mulher, me sinto mesmo é explorada pelo sistema, não dignificada!
Enfim, voltando ao meu dia bom: eu acordei relutantemente às 9h e fui pôr um zíper na bolsa que estou fazendo pra uma amiga do antigo trabalho. Ainda falta o acabamento interno pra cobrir as costuras das emendas das partes, mas tá tão bonitinha e eu fiquei olhando pra ela e pensei: caramba, eu fiz isso! Eu sou capaz de fazer coisas!
Depois me debrucei sobre o livrinho que uma outra amiga (do emprego novo, mas que eu já conheço há mais de 10 anos) me emprestou e fala sobre Artes Cênicas. Montei uma lista de exercícios/jogos pra fazer com as criancinhas-devoradoras-de-professoras-inexperientes respeitando a seqüência relaxamento, integração, blá, blá.
Fui pra o trabalho e nem cheguei atrasada! Dei as aulinhas pras criancinhas-devoradoras-de-professoras-inexperientes de 1a e 2a série e, voilà!, sobrevivi! Fiquei tão feliz por ter sobrevivido mais este dia, sã e salva, apesar da fatiga inevitável, que resolvi me dar uma entrada a um filme de presente+lanchinho+tranqueiras das americanas.
Foi o que fiz depois do trabalho: vi “A Pantera Cor deRosa”, comi risole de camarão e bolinho de bacalhau e tomei suco de manga, comprei o cd do The Commitments que eu tanto queria (meus senhores, sois capazes de adivinhar o que escuto neste preciso momento?), um caderno com capa-dura de anjinho pra escrever minhas aulas e ver se consigo ter alguma inspiração/ajuda divina nelas pra lidar com as criancinhas-devoradoras-de-professoras-inexperientes, e comprei também um estojinho das meninas super poderosas pra guardar os cacarecos de costura que tenho espalhados aqui e ali. E agora estou aqui, sentadinha, esperando a máscara pra limpeza de pele (aquela beeem clássica mesmo, estilo verde-pesadelo-de-marido) secar pra tomar aquele puta banho demorado e enrolar pela net até de madrugada.
...

Pele limpinha, pijaminha vestido, estou prontinha pra ir pra o bercinho e dormir o sono dos justos.
Agora lembrei que, enquanto eu caminhava de volta do shopping, conversando com meus botões imaginários e passei perto da casa da amiga dele, pensei que sinto falta dele ainda às vezes. Não posso e nem quero negar que ele me fez muito bem e que me tratou muito bem também. Infelizmente a incompatibilidade de gênios não é coisa que se possa pôr sob o tapete e fazer de conta que ela não existe... uma pena...
As violetas que ele me deu ainda estão florescendo na minha janela. Claro que toda vez que olho pra elas eu lembro dele.
Estranho mesmo não é lembrar dele, estranho é lembrar dele e sentir este carinho enorme e... gratidão. Eu havia me habituado a pensar nos caras que passaram na minha vida com uma certa amargura, ou, pior, com aquela sensação de “onde eu estava com a cabeça quando começou?!” e “graças aos deuses que acabou!”
Não, com ele não é assim. Com ele eu olho pras violetas e penso: foi muito bom pra mim que ele tenha passado na minha vida. Eu tive bastantes momentos de felicidade e fico grata por isso. Só isso.
Mas não quero conversar com ele ainda. Não é necessário. Quero o bem dele, de verdade, mas não quero nenhuma amizade forçada por enquanto. A distância tem sido boa, eu acho. Mas daqui a um tempo acho que poderemos ser amigos. Ele é legal. Eu sou maluca, mas sou inofensiva aos meus amigos, aliás, sou bacana com meus amigos. Quero ser legal com ele também. Ele merece pessoas boas em sua vida. Eu também mereço.
E, assim como quem deixa tudo por dizer depois de muitos dedos de prosa, atenderei aos apelos de Morfeus...

Boa noite, meus senhores. Boa noite a todos vós.

quarta-feira, março 01, 2006

morrer de véspera...

Preciso de uma massagem urgentemente!
Meus senhores, saibam que não há nenhuma conotação sexual nisto, eu realmente preciso de uma massagem, mas tem que ser de graça.
Preciso preparar-me fisicamente e mentalmente (ainda mais!) pra trabalhar amanhã e depois... ai ai ai ai ai ai!
Aquelas criancinhas, elas podem sentir o cheiro de medo à distância!

ai ai ai...