amanhã é vinte e três...
Andei fazendo coisas diferentes:
Domingo fui conhecer o Vale do Amanhecer com duas amigas e foi bacana, apesar de demorado. Na próxima vez, levo um crochê pra ficar fazendo.
Lá é bem diferente do que eu imaginava porque tem muita coisa do cristianismo e eu achei que seria uma coisa mais diferente, de qualquer forma, gostei. Passei por uma médium que me disse umas coisas que eu mesma já me disse várias e várias vezes... Também passei pela indução, ou coisa assim, não consegui entender direito o nome da sala. Gostei, eles usam a questão do toque em alguns lugares (palma da mão nas costas e pontas dos dedos na testa) e muito defumador. Eu gosto de defumadores. Acho que vou comprar um pra mim, pra fazer umas faxinas aqui em casa e depois sair defumando a casa, pra atrair bons fluidos. Gosto dos rituais.
Hoje fiz uma leitura dramática pra alguns colegas de trabalho e não consegui sequer olhar pra platéia. Minha perna tremia tanto, mas tanto que depois ficou doendo. Desde a faculdade eu não subia num palco e, desde aquela época, achei que nunca mais fosse precisar fazer isso. Mas o colega que estava me dirigindo, não sei se pra me sacanear ou de verdade verdadeira mesmo, me chamou pra ser a Lisbela numa montagem que ele vai fazer agora. É óbvio que fiquei encantada com a idéia, mas é também muito óbvio que eu não sou atriz, nunca fui. Tenho fobia de público, péssima memória e não mostro as pernas em público de forma alguma. Mas achei tão bacana ele ter me chamado!
Hoje também vi "National Treasure" com um colega lá no trabalho. Infelizmente o dvd deu umas palaas e aí não deu pra ver o final, mas eu já havia visto esse filme há tempos atrás então me lembrava mais ou menos como ele terminava. Foi bacana porque ele também fica conversando durante o filme, comenta as coisas. Eu gosto de ver filme de ação assim, falando sobre ele. Por isso detesto ir ao cinema sozinha, porque penso em coisas e não tem pra quem falar! E também não tenho como ouvir nada interessante de ninguém sobre o bendito do filme.
É, cheguei à conclusão que Alguém me desperta tanto mais interesse quanto mais carente estou e que se eu não o estivesse, nem teria tido esses olhos pra ele. Não que ele não seja digno de olhares, ele é, o lance é que eu é que não o teria sob meu olhar de desejo. Seríamos apenas colegas e pronto, nada de mais. Mas agora eu fico pensando nele, no cheiro dele, nos olhos dele... Tudo isso porque ele está "disponível", de certa forma, e isso fez com que meu interesse despertasse, mas não deveria. Ele não tá nem aí pra mim, não me dá a mínima bola. Eu deveria esquecer essa estória toda dele, esquecer que ele existe e voltar à minha vida normal, sem sal, sem Alguém, sem o cheiro dele, sem a pele dele, sem vontade de tocá-lo...eu toquei nele hoje, duas vezes... acho que ele nem mesmo percebeu. Eu o toquei com toda a intenção que um gesto assim tão simples pode conter. Mas ele nem se deu conta do meu gesto, do esforço que eu tive que fazer pra que esse gesto durasse apenas um instante, e não se prolongasse em carícias... Tão difícil ficar perto dele... Mas é necessário que haja uma distância entre nós, que haja distância pra segurança dele, porque eu tenho vontade de me jogar nos braços dele toda vez que o olho. E penso nele de forma cada vez mais dolorida porque o sentimento se cristaliza, se sedimenta neste peito frágil que é meu, mas não deveria; não deveria preocupar-se com ninguém, especialmente com um Alguém que sequer me estende a mão num cumprimento amistoso...
Eu estendo meus braços em sua direção, mas ele não vê, está olhando em outra direção, e como não seria? Ele está muito ocupado gerenciando sua vida, seus afazeres. E, se está sozinho, sendo quem ele é, não é por motivo à toa. Homens não ficam sozinhos à toa. Ele tem seus segredos e não cabe a mim perguntar. Aliás, nada me cabe nele, por triste que soe, e eu sei que é triste. Mas ele nem me vê... Eu sei que ele sabe que eu existo, ele fala comigo, ele é gentil comigo, mas talvez isso seja a pior coisa que ele poderia me fazer. Odeio gentilezas! Preferiria que ele me ignorasse por completo, pelo menos me daria um motivo qualquer pra gostar menos dele. Ele deveria parar de falar comigo e me tratar com aspereza. Mas não, não, não, não, meus senhroes, ele é gentil!
E agora eu sei que estou andando em círculos atrás do meu próprio rabo...
Eu deveria ser assexuada.
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