sábado, julho 22, 2006

a ilha

Pelo segundo dia consecutivo eu fui acordada dos meus sonhos estranhos pelo barulho da furadeira que o cara da loja do andar de baixo insiste em usar antes das nove da manhã. Acho um absurdo ele resolver fazer isso logo perto da minha janela, mas não tenho coragem de abrir a janela e berrar "seu escroto, vai furar isso lá na puta que te pariu!". Bem que eu queria, mas não tenho coragem não.
Mas, enfim, estou me preparando psicologicamente pra viajar amanhã. Tenho muitas coisas pra fazer ainda, e começarei daqui a pouco. Fiquei um pouco brava porque terei que desviar minha rota pra poder deixar a cópia da chave daqui com o meu amigo que vai molhar as plantas porque quem deveria te-las deixado lá esqueceu... Mas, enfim, também farei outro desvio de rota, mas esse bem legal porque uma maiga fez um vestido apartir de uma camisetona enorme que ganhei. Deve ter ficado lindo porque ela é ótima nessas coisas de estilo e moda.
Então, meus senhores, tenham todos um ótimo recesso e, assim que eu voltar da Ilha Grande, conto como foi minha semana.

Ai... mal posso esperar pra ver o mar...

Beijo na bunda e até a outra segunda!!!

segunda-feira, julho 17, 2006

Cheguei à pouco da rua. Voltei do cinema. Vi O Libertino, com uma amiga e um amigo dela. Gostei muito, filme pesado, triste, mas muito bom.
Antes do cinema, estive na casa de outra amiga, jogando master e perfil. Eu ganhei no perfil! Foi um ótimo fim de final de semana! Me diverti bastante jogando e comendo e me emocionei muito vendo o filme.
Mas estive um tanto quanto relutante em voltar ao bendito do Academia porque as cosias não saíram lá muito bem na última vez em que lá estive. Mas foi bom ter voltado lá depois de sair da casa da mesma amiga quando aconteceu o incidente desagradável e ainda nada esquecido em que tive que sair na metade do filme...
Bem, até hjoje as coisas não estão ok com a menina que queria ir embora no meio do filme. Tenho a triste impressão de que nunca mais voltarão porque algumas coisas simplesmente não podem ser retiradas depois de ditas e, na breve tentativa de conversa que tivemos, ouvi coisas que eu realmente poderia ter passado sem, coisas que só me deixaram triste e sem a menor vontade de reestabelecer laços que, repentinamente, me pareceram frouxos, vãos. Desde esta última conversa eu tenho evitado a menina mais ainda, mas às vezes não dá, então eu me concentro e falo direito, mas sem o menor sentimento. Não dá pra passar super bonder em amizade, quando coisas mais graves acontecem e tudo se quebra, os pedaços nunca podem ser postos de volta em seus exatos lugares. Acredito que as amizades passem por abalos, mas dependendo da gravidade, não dá pra simplesmente prosseguir. Talvez eu seja sentimental demais e leve algumas coisas muito na carne quando elas deveriam ser apenas superficiais... Mas se alguém me diz coisas ofensivas, dificilmente eu conseguiria olhar pra ela do mesmo jeito...
Laços frouxos... Engraçado é como eu só percebo algumas coisas depois que elas se espatifam em milhões de pedacinhos bem na minha cara...
O Academia me deixou assim, melancólica... Acho que nunca mais vou conseguir ir aquele lugar sem me lmebrar do fatídico dia em que eu soube que não estou à salvo de pensamentos equivocados de ninguém, nem das pessoas que eu mais amo. Eu sempre posso ser a vidraça da vez. Acho que isso é bem triste. Mas não sei se há algo que esteja ao meu alcance pra fazer com que eu me sinta mais segura. Eu agora entendi que eu não estou acima dos julgamentos de ninguém por mais que elas possam acreditar que gostam de mim. Um belo dia, boom!, elas vão me dizer alguma coisa que vai me ferir escrotamente e eu não vou ter como me defender porque ninguém deixa de acreditar no que acha estar certo só porque aquilo pode magoar os outros.
Ok, eu vou comprar um carro. Mas, carro comprado, qual será a desculpa da vez?

Que droga, meu domingo tava indo tão bem até eu me lembrar dessa merda...
Deixa pra lá tudo isso, vou pensar em como foi divertido ter jogado e em como o filme foi ótimo, tão bem dirigido, com atores tão maravilhosos, com uma estória tão tensa, tão triste...
Ah, e ainda ganhei um montão de chitas! Esse domingo foi só de lucro!
Ah, eu pintei meu cabelo de novo. Será que um dia meu cabelo vai simplesmente cair de tanta coisa, tanta química?
Passei uma cor chamada borgonha, que deveria ter ficado, de acordo com a caixinha, arroxeado, mas tá vinho na raiz e preto no resto... enfim, coisas de tinta. Tô achando o cheiro bem enjoativo também, cheiro de tinta de cabelo... e eu tô ouvindo o cd de músicas fofas que um amigo gravou pra mim e tem umas musiquinhas tão bonitinhas que dá uma vontade louca de chorar porque essas músicas deveriam vir acompanhadas de beijos na boca e cheiro no pescoço, mas eu só tenho mesmo duas caixas de bombom e sorvete de passas ao rum... Essa música que tá tocando agora é especialmente machucadora de coraçãozinho "eighties fun" do Camera Obscura. É tão fofa! Tão fofa que dói!
Amanhã eu não verei meu Certo Alguém. Certo Alguém? Eu poderia ter escolhido alguém mais errado pra gostar do que ele? Ele deve ser o cara certo de alguém, com certeza, mas não é o meu. Por que será tão difícil aceitar isso? Eu queria ser mais racional e menos emotiva nessas horas. Nessas horas e nas provas de estatística aplicada...

Ah, deuses, coisas das mais variadas ficam me perturbando os pensamentos que já andam tão aéreos, tão indóceis... Penso no cheiro dele, na prova de estatística, na música Caramel, em chocolate, na manhã de amanhã que não tarda a chegar, no rosto dos meus amigos desfilando na minha cabeça, no Johnny Deep, na atriz que esteve também em Orgulho e Preconceito, na viagem pra Ilha Grande que não vai acontecer, nas bolsas por fazer, no recesso que parece qua não chega nunca, nas piadinhas bobas dele que eu adoro... Ele é engraçado, sabe, me faz rir mesmo quando eu não quero. Acho que isso é o que eu mais gosto nele... talvez porque dê aquela falsa impressão de que ele não poderia me deixar triste... Que idiotice! Mais triste do que estou agora....

A amiga do cinema disse pra eu ligar pra ela quando estivesse triste... Acho uma péssima idéia... lacrimosa como ando... não me acostumei ainda a chorar em público... É que é tão estúpido chorar por coisas tão inúteis... Eu só deveria chorar se isso resolvesse alguma coisa.
Eu não deveria chorar nunca.
Eu não tenho a menor idéia de onde ele esteja agora. Quer coisa mais estúpida do que se sentir saudade de Alguém que não gasta um segundo do seu precioso tempo lembrando que eu existo?

É muita coisa me invadindo agora... Muita coisa me perpassando sem nem pedir licença...

Boa noite, meus senhores, antes que eu me deixe atormentar pelo resto da noite e veja o dia amanhecer sem obter nenhuma resposta pras minhas perguntas estúpidas...

quinta-feira, julho 13, 2006

paranóia delirante...

Ah, meus senhores, creio que o pior realmente está para acontecer... é óbvio que a minha paranóia e ciúme doentio ajudam a reforçar esse sentimento... Bem, é que eu venho notando que uma pessoa está dando certas atenções especiais ao MEU certo alguém. Eu já vi algumas vezes isso acontecer, cosias sutis, mas não pra mim que estou com os nervos à flor da pele por causa dele.
Pior é não poder dizer nada! Pior é eu ter que ficar calada, presenciando isso. Porque se eu fizer o que me dá vontade nessas horas, creio que acabarei sendo conduzida por homens de branco a um lugar "calmo" pra descansar.
Não, talvez o pior seja saber que ele poder dar pra ela as atenções que não quis dar pra mim. Ela é legal, eu até gosto dela, menos, é claro, quando sinto vontade de a ver indo embora, e isso é algo que me incomoda também. Se ela fosse uma dessas minas que naturalmente, só de olhar mesmo, já em dá agonia, já me desgosta, tudo bem, aí seria fácil fácil, eu continuaria imaginando formas de vê-la desaparecer sem nenhum peso na consciência. Mas não é este o caso, ela é legal. Isso não é péssimo?!
Meus senhores, isso é praticamente o fim do mundo! Bem, ok, estou exagerando um pouquinho, mas é que ando muito sentimental esses dias e ontem, confesso, quase chorei ao presenciar uma cena banal mas que, talvez pela naturalidade dos participantes (ela e o MEU certo alguém), me fez mal, muito mal...
O engraçado é que eu tenho a impressão de que se ele fosse meu namorado, eu teria rido da situação, teria até feito graça, mas não foi esse o caso, não mesmo. Eu fiquei possessa! Meu sangue ferveu e eu senti vontade de derrubar mesas e morder jugulares... É, eu sou uma p-s-i-c-o... creeedo.
Mas, enfim, hoje eu percebi mais umas coisas e vi outras que também me deram vontade de dar socos e pontapés, mas eu tive que respirar fundo e me controlar e não deixar transparecer nada. Odeio isso!
E amanhã tudo recomeça... igual a todos os dias... ai ai ai... felizmente é só até sexta, aí terei uma pausa, eu acho. Mas, só de pensar nisso já me dá uma saudade tão grande que dá vontade de chorar na minha cama que é lugar quentinho... Acho que farei isso assim que terminar esse post. Essa coisa da saudade do que ainda não foi e nem nunca vai ser é FODA!
Já desisti de ir pra o Rio, meus senhores, não há nada lá pra mim. Nem aqui tampouco, mas, enfim, eu me comprometi a arrumar esta casinha minúscula e apertada e deixá-la com cara de casa de mulherzinha... então é isso o que farei com este estupendo recesso de uma semana, faxinas e mais faxinas e tirar móveis velhos e pôr móveis novos e talvez eu pinte a parede com uma cor bonita, como lilás ou roxo. Tenho sentido uma necessidade muito forte de fazer isso.
Acho que, mais do que de novos ares, eu preciso mesmo é ficar sozinha e fazer essas coisas que só mesmo eu posso fazer por mim. Ainda mais porque não vou poder fazer nada além de estudar estatística aplicada nesse final de semana. Final de semestre é foda! Mas eu que escolhi voltar pra UnBb, né?, agora eu que aguente!

Aconteceu algo triste hoje também, recusei um convite pra ir ver a Maria Bethânia junto com o Hamilton de Holanda. É que era um convite só pra mim, eu teria que ver sozinha. Eu não aguentaria ver um show sozinha. Amo a Bethânia, mas não consigo me imaginar sozinha vendo esse show; nossa, mas que deprê! Especialmente neste humor que ando ultimamente... Se eu tô chorando vendo comédia, imagina ouvindo a Bethânia?!

Meus senhores, por hora isto é tudo. Preciso deitar e dormir logo...

terça-feira, julho 11, 2006

C.R.L. II

Meus senhores, apelando pra sabedoria popular, cometer um erro é humano, agora persistir no erro é...
a) masoquismo
b) burrice
c) burrice e sadomasoquismo
Quem acertar ganha uma crítica da dona "Helena" no seu blog!

Ô minha senhora, o blog é meu e eu façio dele o que quiser. Se a senhora o achou tão ruim, voltou aqui pra quê? Com certeza pra ver os possíveis choramingos que lhe fizeram perder seu precioso domingo. Pelo visto a senhora também teve uma preciosa terça-feira desperdiçada com o meu blog repetitivo. A senhora nunca foi bem-vinda, se volta é porque é alguma das alternativas anteriores...
Faça op seguinte, escreva a senhora um blog e conte tudo a respeito de como é chato futricar na vida alheia, como os blogs dos outros são repetitivos, cansativos, como as pessoas que escrevem são imaturas e blá, blá, blá. Claramente a senhroa não tem mais o que fazer da vida, se tivesse nem sequer teria entrado no meu blog da primeira vez e, se realmente tivesse detestado o que escrevi, não teria voltado aqui jamais. E eu é que devo tirar meu blog do ar? Eu é que tenho 14 anos? Ora, faça-me o favor! Pare de enganar-se, minha senhora, que isto não pega nada bem pra quem quer dar uma de crítica literária.
Tem certeza que não ha nada mais importante que a senhora possa fazer além de xeretar a vida alheia e ainda achar ruim? Bem, então eu vou lhe sugerir algumas coisas com as quais ocupar seu tempo e faço isso somente porque tenho certeza que a senhora, desocupada e enxerida como é, vai voltar aqui no meu blog e dar continuidade ao seu passatempo favorito que é mexer com quem está quieto:
- preencher 100 metros quadrados com palitos de fósforo;
- anotar quantas vezes a Ana Maria Braga diz besteiras em seu programa durante os próximos seis meses;
- listar, em ordem alfabética, todos os convidados que o Faustão já chamou de irmão e/ou disse que esse cara sabe fazer ao vivo;
- limpar os azuleijos da sua casa com cotonete;
- separar e guardar suas roupas por ordem de vezes usadas;
- tentar matar um pitbull com 'psius' na orelha dele;
- tentar cortar os pulsos com biscoito maria;
- comer 25 biscoitos água&sal sem ingerir nenhum líquido;
- escrever cartas para os fãs do rebelde tentando convencê-los de deixar isso pra lá;
Bem, essas são as primeiras dicas. Assim que você tiver cumprido todas, eu te passo mais umas porque nós, de 14 aninhos, temos uma mente fértil pra preencher o tempo de senhoras desocupadas como vossa senhoria.
Mas a senhora me surpreendeu, dona "Helena", devo confessar, porque eu nunca imaginaria que a senhora se daria ao trabalho de comprovar minha toria de que a senhroa é absurdamente desocupada e enxerida, voltando a postar no meu blog, então eu só tenho a lhe agradecer e dizer pra senhora ficar a vontade e reclamar mais quantas vezes quiser, viu? Acho ótimo quando as pessoas se entregam assim de bandeija!!! Adorei!!!
Ju, pode recortar e colar quantas vezes quiser, se quiser poder usar isso logo, posta o endereço do seu blog aqui que a dona "Helena" já vai ter como ocupar a quarta-feira! Nossa, tô me sentindo um verdadeiro serviço de interesse público, ajudando velhinhas à toa a se ocuparem! Não é o máximo?
Montana, muito obrigada por ter se oferecido, mas acho que tudo o que adona "Helena" precisa é de uma ocupação, sabe? Pessoas que ficam assim tão à toa acabam sempre tendo atitudes estranhas... acho que é só uma fase ruim que ela tá apssando. Vamos dar tempo ao tempo e pedir a deus que ilumine essa lam, que dê um serviço pra ela, que lhe faça ocupar melhor o tempo, mais sabiamente, com coisas edificantes e úteis, e eu tenho certeza que ela vai largar esse vício horrível de xeretar a vida das pessoas que nem conhece.
Vamos orar, irmãos!

segunda-feira, julho 10, 2006

C.R.L.

– Central de Relacionamento com o Leitor, Verônica falando, bom dia!
– Perdi meu domingo lendo seu blog!
– Senhora, com quem estou falando, senhora?
– Helena!
– Senhora, a senhora não gostaria de estar relendo o nosso blog para que a senhora possa estar decidindo melhor se a senhora vai estar fazendo ou não a reclamação da senhora?
– Você é muito repetitiva!
– Senhora, eu vou estar passando a senhora para um outro ramal para que a senhora possa estar fazendo sua reclamação, senhora. O Blog Voz do Fogo agradece sua participação e lhe deseja um bom dia, senhora!

Meus senhores, desde quando meu blog virou Central de Relacionamento com o Leitor, com direito a espaço para reclamações?
Não sei se os senhores tiveram tempo de, além de ler este post, ler o comentário feito pela senhora “Helena” no meu post de ontem, domingo cinza. A “moça” ficou indignada por ter perdido seu precioso domingo lendo meu repetitivo blog que ela poeticamente chamou de “samba de uma nota só”. Bem, eu adoro o Samba de Uma Nota Só :> E, quanto à reclamação, vamos e convenhamos, “Helena”, a senhora deveria dar graças aos deuses por meu blog repetitivo existir senão teria passado o domingo vendo o domingo da gente ou o domingão do Faustão, porque quem tem tempo pra ficar fuçando na internet atrás da vida e do blog dos outros, não deve ter NADA pra fazer da vidinha. Adorei o seu comentário/reclamação! Significa que tem alguém cuja vida ainda é mais chata do que a minha! Mas é claro, porque eu perco tempo escrevendo no meu blog sobre a minha vida e não lendo o blog de pessoas totalmente alheias a mim e ainda perdendo mais tempo pra deixar reclamações como se isso fosse mudar alguma coisa no blog da tal pessoa desconhecida...
“Helena”, vai arrumar alguma coisa menos estúpida pra fazer da vida além de se meter no blog dos outros! Meu blog está disponível pra quem quiser ler porque eu não saio por aí fazendo propagandas dele e nem muito menos pedindo pra que pessoas o leiam. Ou vai me dizer que tinha alguém do seu lado com um revólver apontado pra sua cabeça te obrigando a ler não só o post de ontem mas ir procurando outros até chegar à brilhante e inédita conclusão de que sou repetitiva? Dê-se ao respeito, minha senhora, e pare de fazer papel de boba!
Vou te dar uma dica, na próxima vez em que a senhora estiver diante de um blog que tenha achado repetitivo, feche imediatamente a página e vá procurar outra coisa pra fazer! Que ridículo isso de ficar bisbilhotando a vida de desconhecidos e ainda achar ruim!
Ah, faça-me o favor, então, reclame mais vezes, persista no erro de ler meu blog, porque aí eu vou sempre te responder e você vai ter o prazer de contribuir pra que meu blog se torne ainda mais repetitivo, não é legal?
No entanto, se você for uma pessoa minimamente dotada de Razão, nunca nem lerá este post inteiramente dedicado à sua falta de atitude de fechar meu blog e esquecer que eu e minhas repetições existimos!
Quanto aos meus caríssimos senhores leitores que me conhecem e que se importam comigo o suficiente pra ler algumas das bobagens que escrevo, podem continuar comentando quando esta vontade surgir em vocês porque, enfim, amigo é amigo, desconhecida é desconhecida.
A propósito, meus senhores, vocês já viram a lua hoje como está maravilhosa? De partir o coração?
E eu continuo de coração partido por causa de um certo alguém...
E, talvez na próxima semana eu esteja apaixonadinha por outro e escreva outro comentário dizendo como ele é lindo e maravilhoso e depois escreva contando como estou miserável porque levei um fora e depois escreva outro contando como estou indignada com o mundo e com os homens, mas uma coisa é certa, não posso mais dizer q eles só olham pra os meus piercings porque eu não uso mais piercings :>
Ah, outra coisa, eu posso escrever tuuuuudo isso se eu quiser, entretanto, contudo, porém, todavia, se as pessoas vão ler, isso é um problema delas! Leia quem quiser, quem tiver tempo, mas depois não reclama não! Ou melhor, reclama que é pra eu poder escrever outro post igualzinho a esse reclamando da reclamação! :>

Meus senhores, tenham todos uma boa noite!
Beijo na bunda e até segunda!

domingo, julho 09, 2006

domingo cinza...

São três da tarde e está frio. Estou comendo chocolícia e tomando suco de banana+morango desde que acordei. Preciso fazer MUITAS coisas que não poderei fazer outro dia, tinha que já estar fazendo desde cedo, mas estou triste e está frio e não tenho vontade de fazer nada...
Queria poder não precisar fazer nada, já estar de férias, me deitar e ficar ouvindo o rádio sem saber que estou negligenciando o que deve ser feito. Mas entre tudo o que eu sei que devo fazer, não há nada que eu realmente queira fazer. Pra ser sincera, eu gostaria mesmo é de poder conversar com alguém, o meu alguém, o cara que me faz chorar quase todas as noites... impressionante como o meu querer vai se forjando em lágrimas até morrer afogado.
Ontem foi uma dessas noites, em que eu chorei muito, muito mesmo. Já estava cansada das andanças do dia, pesquisando preços de móveis, e acabei ficando tão exausta que desmarquei tudo o que havia combinado de fazer... Como castigo pra mim mesma, fiquei em casa e fui entendo que não posso fingir que não vejo as coisas, que não as percebo. Falo isso por causa do meu certo alguém. Ele não é especial como eu imaginava, é um cara como outro qualquer que pensa e reage exatamente como os outros. E, o que fazer além de chorar? Ele não está e nem nunca estará comigo. Por mais que eu queira, ele não está e nem estará comigo e eu não posso forçar mais a amizade. Tolice insistir numa coisa totalmente sem futuro... Sonhar acordada não é o bastante. E aí eu choro.
Mas uma amiga mandou mensagem me chamando pra sair, já passava das 23h e eu estava cansada, triste de dar dó e não querendo ver ninguém, e liguei só pra dizer que não ia. Ela estava pertinho daqui de casa já e quando ela me perguntou porque eu não iria, comecei a chorar. Eu disse que não abriria se ela passasse aqui, que queria ficar sozinha, que não sairia pra canto nenhum. Mas ela passou, entrou e me convenceu a sair e foi bom ter saído. Mas a sensação desse vazio, dessas certezas duras, não é dissolvida por música e gentes. E eu olhava ao redor e ele não estava lá, claro!, como estaria? E, ainda que a vida nos pusesse na mesma festa, seria só uma angústia a mais...
Mas foi útil ter saído, me fez bem ao ego. Sei lá porque cargas d’água, ontem caras falaram comigo, uns até legais, mas infelizmente eu não estava com a menor intenção de dar mais que cinco minutos de atenção pra nenhum desconhecido. Depois de séculos sem dançar forró com ninguém, eu dancei forró com um monte de caras! Preciso fazer isso mais vezes, me fez sentir bem. Lógico que tem sempre algum xarope, desses que dizem que são médicos e que passaram no concurso da anvisa e que acham que, por isso, já têm a foda da noite garantida. Eu bem que gostaria de me interessar mais pelo que os caras têm do que pelo que eles são, assim tudo seria mais simples. Eu saberia exatamente onde e o que procurar. Saberia como me comportar, o que dizer, até como sorrir das piadas sem-graça. E, obviamente, me daria muito melhor. Mas, meus deuses, se é pra achar um macho provedor que eu existo, por que diabos estou estudando e trabalhando? Por que eu leio? Por que eu penso em coisas “inúteis”? Os homens nunca levam em consideração esse tipo de coisa, não é mesmo, meus senhores? Nunca param pra pensar se eu ralo pra caralho, se estudo, se penso em coisas que não dizem respeito ao universo novela das oito... Nada disso conta quando o objetivo é rejeitar o diferente. Não importam as minhas qualidades, não importam, meus senhores, os homens têm um objetivo comum que me exclui. E não importa como eu me vista, não importa se não tenho piercings, se não uso nada agressivo, nada importa. Eu estou fora. Eu reajo ao senso comum e isso é péssimo pra alguém tão tradicional como eu. Eu sou um ponto de interrogação ambulante, que ofende as pessoas porque eu me questiono, e, assim, questiono todo mundo que não se sente firme de suas convicções...
Como é que eu posso ser assim, tão esquisita e tão convencional, tão careta, ao mesmo tempo? Eu deveria ser só uma coisa ou outra, né? Moradora de rua ou burguesinha, punk ou beata. Um extremo ou outro, não essa coisa híbrida... Os homens não compreendem o paradoxo. Não concebem coisas diametralmente opostas que convivem juntas.
Me lembrei de uma aula de análise da informação em que discutíamos o senso comum e aí chegamos à conclusão de que mentira é aquilo que foge ao senso comum. Pensando assim, eu sou uma mentira. Não importam as mudanças externas que eu faça, eu sou o que não deveria... e, por isso, nem meu certo alguém nem outro alguém qualquer vai me aceitar porque eu faço parte do inaceitável.

Pensar é uma coisa muito perigosa. E, ao mesmo tempo que me faz ver um pouco mais adiante, me aprisiona porque me impede de fazer o que todo mundo que não pensa faz. É como viver numa área em quarentena essa coisa de pensar... Talvez eu não devesse pensar nunca. Assim me bastaria concluir que alguém não gosta de mim porque é gay. Mas, pensando, eu vejo que ele não pode gostar de mim porque isso está além dele, além da faixa de visão que ele possui. Ele não me entende e não me aceita não importa o quanto tenha conversado comigo. E ele nunca acreditou em mim quando eu disse que gostava dele. Ele é só mais um... pensa como os outros. E reage como todos os outros diante de questionamentos porque quem não se questiona, não admite ser nunca questionado por outros, especialmente um outro como eu...
Meus deuses, será que algum dia eu vou conhecer um cara que não seja mais um limitado como os outros? Onde estão os homens que pensam, que sentem, que amam, que se questionam???
Por que as pessoas vêem as coisas de forma tão distorcida?
Por que eu desperto impressões tão equivocadas nos homens?
Mea culpa...
Será?

Whatever...

Pra vocês sentirem o drama, meus senhores (ouvindo Maria Bethânia):
- lavar louça;
- lavar banheiro;
- passar pano na casa;
- pôr roupa pra lavar;
- dobrar as roupas limpas e guardar direito;
- jogar fora todos os textos que guardei durante todos os muitos anos de unb;
- separar tudo o que vou doar, roupas, sapatos, pinduricalhos, etc;
- estudar pra prova de amanhã de análise da informação;
- costurar a bolsa que a Thaíse encomendou;
- guardar direito os tecidos novos que comprei;
- costurar a bolsa n. 1 da lista de presentes;
- estudar estatística aplicada;
- pôr os cd’s novos em ordem; (está tudo em ordem alfabética, então terei que mexer em muitos pra encaixar Elis, Maria Bethânia, Tim Maia e Sade...)
- pôr os livros novos em ordem; (felizmente são os pocket books que são poucos e leves).
Acho que, por hoje, era isso o que eu tinha que fazer, mas já sei que não farei quase nada nessa lista porque prefiro ficar aqui escrevendo e me mortificando por ser assim tão... aff...

terça-feira, julho 04, 2006

querer x poder x dever

Eu queria muito escrever pra um certo cara. Mas eu disse a ele que não mais o faria. Preciso saber cumprir minhas promessas mesmo que elas tenham sido ditas por puro desespero... Eu queria escrever pra ele e só pra ele. Não podemos nos falar pessoalmente porque ele está longe de mim apesar de eu vê-lo todos os dias.
Eu o vejo e ele está perto e longe. Longe e perto. E eu não posso tocá-lo...
Então eu disse que ele não precisava se repocupar porque eu não lhe escreveria mais. Não posso escrever então, não posso quebrar minhas promessas.
Preciso de força porque embora eu goste dele e eu pense nele o tempo inteiro, não há nada entre nós e é provável que nunca haja nada. Então eu não devo escrever, devo silenciar. Não devo pensar nele, devo fazer de conta que ele não existe.
Como disse um colega de trabalho, a gente não deve ter esperança, a gente deve agir. eu estou tentando agir e não esperar por milagres...

Será que algum dia eu conseguirei ser uma pessoa melhor?