sábado, setembro 02, 2006

decepção... (pois é, mais uma...)

Ontem de noite fui pra exposição da minha ex-professora de pintura lá em Sobradinho. Nossa, fazia séculos que eu não a via. Ela continua como antes, só que mais velha. Estranho pensar nisso... Ela lembrou de coisas que eu esquecera há muito, como os desenhos que eu fazia, um em que ela fez uma composição com uma bíblia... Fui com o meu primeiro namorado. Fui à casa dele antes pra pegar umas fotos de nós dois pra copiar. Ele me mostrou uns vídeos que fez pra participar do festival do minuto lá no Amazonas. E a gente conversou sobre coisas esdrúxulas. Ele é o cara de pensamento mais subversivo que eu conheci em toda minha vida. Tradicional e medrosa como eu sempre fui, nunca ficaríamos juntos mesmo... Entre outras coisas, ele me falou a respeito de semear maconha em terrenos baldios no país inteiro. Pegar um aviãozinho e sair tacando semente de maconha por aí. Outra coisa: fazer biodiesel de óleo de semente de maconha. Isso ajudaria milhares de famílias de pequenos agricultores, especialmente no nordeste. Aí nada se perderia, nem as folhas nem a semente. Ele é muito inventivo. E tem uma habilidade manual escrota. Embarca na segunda pra Manaus e depois de uns dias vai pra Portugal. Sentirei saudade dele, mas sei que é melhor pra ele fazer essas viagens e ir tentando a vida noutras paragens.
A exposição eu achei fraquinha, na verdade, o Bacharelado em Artes Plásticas deve fazer isso com todos os alunos; tudo vira clichê, fica repetitivo... Mas eu gostei de dois quadros da ex-professora, duas naturezas-mortas com flores. Um eu gostei por causa do espatulado, porque a tinta fica em relevo, pastosa, brilhante. Acho bonito de ver. O outro porque era uma flor vermelhinha, papoulas, ela disse. E eram tão bem pintados! Como uma ilustração científica.
Minha irmã mais velha foi quem me avisou sobre a exposição, então eu a encontrei lá, junto com minha sobrinha e uma amiga dela. Elas vieram me deixar em casa, mas acabei indo pra Esplanada porque estava rolando a despedida de um colega, vizinho, que é muito amigo dos meninos. Foi legal até certo ponto porque descobri que um dos meus melhores amigos está entrando numa onda errada. Ele me preocupa mais entre todos os meus amigos, porque já tem problemas de saúde, e ainda anda participando desses esquemas que me deixaram triste e decepcionada. Mas não era todo mundo não, eram só alguns. Acho que realmente nossos caminhos tomaram direções distintas...

*começou a chover aqui*

É estranho pensar nesse tipo de coisa, amigos indo em direções tão contrárias... e de que vale a experiência e a maturidade nessas horas se eles jogam tudo na lixeira atrás de emoções descartáveis? É esquisitíssimo ver que um cara que eu amo e respeito se deixa levar pelo lixo das mentes ociosas... Um outro que tava na parada é um filhinho de mamãe, não precisa trabalhar e nem fazer nada pra ter a vida boa que tem. Mas ele, meu amigo, o cara sempre ralou! O que ele faz junto dessas pessoas eu sinceramente não sei... Acho que é o lance de se estar perdido e ir na direção do discurso mais fácil... Pra algumas pessoas, a religião, pra outras, as drogas... Mas as drogas não vão durar pra sempre, não dura o entusiasmo, nem as mesmas sensações provocadas. Antes tudo bem, nunca ouvi dizer que alguém tenha morrido de overdose de maconha, mas pó... putz... Uma pena...
Lá pelas tantas, diante do comportamento já alterado das pessoas, preferi ir pra o carro dormir... E aí voltei pra casa...

Ah, ouvi ontem uma coisa que me deixou tão boquiaberta que fiquei sem palavras: ouvi um estranhíssimo pedido de desculpas, ou seria apenas um comunicado de que o cara agora entendia que desperdiçou uma chance de ser uma pessoa melhor? Bem, mas o fato é que ele me disse que tinha errado grandão comigo (nas palavras dele) e que poderia ter sido melhor pra mim, poderia ter me tratado melhor. Eu não esperava por uma coisa dessas naquele momento, aliás, em momento algum. Um pouco antes disso ele já havia me dito que gostava muito de mim e que lamentava a gente se ver tão pouco... Eu disse que sentia o mesmo e sinto. Gosto muito dos meninos e por este em particular, já chorei bastante, mas, enfim, águas passadas. Meu interesse nele é de amizade agora e, vendo em retrospecto, nunca tivemos nada a ver mesmo. Putz, passamos por situações bizarras... Agora fica engraçado, mas na época... putz...

Com relação ao Meu Certo Alguém (MCA), esse me deixa mais confusa a cada dia que passa, mas eu não vou ficar me martirizando por causa dele. MUTATIS MUTANDI. Vou mudar o que é necessário. Vou mudar o que puder ser mudado a meu favor, e eu nem digo coisas enormes como obter a paz mundial, estou falando de coisas pequenas como ir de chinelo pra o trabalho e entrar pra uma academia. Exemplo melhor: me incomodava o fato dos aluninhos me chamarem de tia, mas eu deixava, mas aí eu pensei, se isso me incomoda, por que eu deixo? Então resolvi usar uma placa escrito professora bem grande em vermelho e ter uma conversa com todas as turmas. Dá um puta trabalhão ficar lembrando toda hora que não sou tia, sou professora, mas, enfim, quase todos já me chamam de professora agora na maior parte do tempo. E já sei que, se continuar lá no ano que vem, terei essa conversa com eles desde o primeiro dia de aula.
Quanto ao MCA, o motivo da confusão: ele fica fazendo brincadeirinhas demais com uma nossa colega, aquela que achei que fosse rolo dele, mas é pra mim que ele fica olhando. Não sei se é pra me provocar ou o que. Mas sei que isso me irrita. Ah, eu perguntei pra ele porque ele tá indo trabalhar de bicicleta e ele respondeu que é porque não tem outro tempo pra pedalar. Mas eu acho que ele quer ficar mais magro. Quase que eu disse não pedala não, fica assim mesmo que tá ótimo! Mas eu não poderia dizer algo do tipo... Lá ninguém sabe que eu gosto dele, quer dizer, só a minha amiga do matutino, mas não creio que ela tenha dito pra ninguém. Tanto melhor. Não preciso de ninguém tendo pena de mim, especialmente lá no trabalho.
Eu continuo mantendo conversas descontraídas com ele, embora elas pareçam descontraídas só pra mim... :> Sinto que ele fica meio com o pé atrás ainda. Também pudera, né? Isso é que dá falar pra um bobo como ele que eu gosto dele... Mas eu não me arrependo não. De jeito nenhum. Eu precisava desabafar ou explodiria. E ele que fique com a parte de responsabilidade por ter me cativado...
Não sei se ele gosta da outra ou não, mas que fica fazendo piadinhas com e sobre ela muito mais do que faz com qualquer outra mulher daquela escola, isso é fato.
Eu me dou bem com todo mundo. E também sou brincalhona com meus colegas, até com ele. Mas com os outros eu converso muito mais porque me sinto livre pra falar o que penso e o que sinto, coisa que não funciona muito bem com ele... porque ele me intimida porque eu gosto dele. Tem até um colega lá que já me chamou pra ir numa festa na casa de um dos seus irmãos e, se eu puder, vou mesmo. A gente sempre troca umas figurinhas sobre música porque temos gostos musicais semelhantes no que diz respeito à música brasileira. Ele já gravou um monte de cd’s pra mim e eu gostei de todos. Os mais recentes foram da Virgínia Rodrigues e do Renato Braz. Eu só dei uns dois cd’s pra ele porque não tenho gravadora de cd em casa... Mas a gente também conversa sobre várias outras coisas. Eu sinto que eles simpatizam comigo, agora, lá no trabalho. Eu sou uma boa pessoa, sou legal, basta me dar um tempo pra poder me conhecer um pouquinho...

Ah, no mais, estou me sentindo melhor esses dias. Melhor porque um pouco menos ansiosa. Acho que o placebo que a homeopata me receitou está fazendo efeito :>
Pensei em fazer várias bobagens durante a semana, incluindo e-mails e telefonemas pra o MCA, mas três segundos depois, meus senhores, eu percebia como esta era uma péssima idéia... Felizmente percebi isso.

Estou tomando coragem pra ir à feira do livro mais tarde, pra babar sobre milhões e milhões de exemplares, porque comprar que é bom, isso eu não posso fazer... a não ser que tenha uma banca da Ediouro lá porque ela tem feito muitas promoções de R$9,90 de seus livros que nem sempre são lá muito bons, mas, por esse preço, sendo razoáveis já paga...

Quanto aos homens em geral: não, obrigada. Ah, deixa eles pra lá, né? Eu bem que precisava de um, mas, enfim, acho que não é o tipo de artigo que se encontre por aí só com a força do coração... então, deixa pra lá. Achei outra coisa pra me concentrar: festa de aniversário! Pois é, tenho dois amigos que fazem aniversário muito perto do meu e estamos combinando de fazer festinha. Engraçado é que um faz uma semana antes e o outro uma semana depois do meu, exatamente! Se tudo der certo, eu aviso depois como vai ser.

Beijunda!