23/07/05 de madrugada
minhas costas doem
a velha dor de sempre
o peso do inefável nas costas
me lembro dele
da voz quente e macia
como sua própria pele
por que essas lembranças permanecem tão vívidas?
deveriam dissipar-se todas, assim como as esperanças
é madrugada
não durmo
o sono não me alcançou ainda
sonho acordada
minha pele se lembra
então minhas mãos procuram
a lua, o esplendor no céu, brilha
aqui dentro, nesta casa pequena, neste corpo pequeno,
tudo se contrai e se contorce
a memória fere
e eu não consigo dormir
sonhos me perseguem enquanto sinto a noite
se eu pudesse tocar a voz que me persegue
essa voz que diz quero você, quero você, quero você
eu também quero, gostaria de poder responder
que crueldade uma lua como a de hoje
esse céu de se perder
essa lua de se entregar
e eu aqui pensando
ouvindo coisas
quero você
quero você
e os dias não têm fim
e as noites não tem fim
que é de mim?
onde fui parar?
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