terça-feira, setembro 05, 2006

espinho na garganta

Estou com mais um espinho atravessado na garganta... que raiva!
Como é que as pessoas podem ser tão caras-de-pau ou/e tão insensíveis assim? Fico puta com umas coisas dessas. Meus senhores, acreditem se quiserem: se lembram daquela pessoa que me acusou, capítulos atrás nessa novela mexicana, de ser uma interesseira, que dava em cima dos caras e ainda era muito negativa? Pois é, pois eu tive que ouvir desta criatura que eu deveria parar de bobagens e ir pra sua festa no sábado. Pela boa educação, eu disse um amargo obrigada mas eu não vou não. Por educação e educação apenas. Porque estávamos na festa de uma amiga que eu amo e que não verei durante um tempo. E porque eu não gostaria de deixar nela essa última impressão. Porque a vontade, meus senhores, era de virar aquela mesa e gritar e empurrá-la, bater nela só por ter tido a desfaçatez de me dizer algo tão idiota. Bem, na verdade, idiota mesmo sou eu por imaginar que uma pessoa que se dizia minha amiga e foi capaz de fazer um julgamento tão escroto a meu respeito pudesse saber o que é magoar alguém nessa profundidade. Ela nunca poderia saber mesmo o dano que me causou. Nunca. Quem bate esquece, quem apanha, não. Quanto à mim, jamais esqueceria essa bobagem porque eu preciso estar mais atenta. Tivesse sido eu menos idiota, teria sacado tudo quando ouvi aquelas palavras fraternas: “não se meta na minha vida”. Se pra bom entendedor meia palavra basta, a mim, nem a frase inteira conseguiu alertar dos perigos de continuar sendo amiga de alguém assim. Fosse pelo que fosse, deveria eu ter me poupado dos ridículos futuros. Mas, enfim, agora já não dá mais pra ficar chorando sobre o leitinho derramado, então é isso aí, nada de ficar desculpando o que é escroto. E isso serve pra todo mundo, inclusive pra quem eu gostava mais. Inclusive pr'aquelas que eu achava que seriam minhas amigas até o fim dos tempos... Aliás, ontem encontrei com mais uma, uma que foi muitíssimo minha amiga, mas agora é mais uma lembrança sépia nas minhas recordações. Seria como tentar remendar um vaso de cristal com durepox cinza, sabe? Gosto dela e tals, mas a amizade de antes também já foi pras cucuias. Acho que realmente tenho um talento peculiar pra me aproximar e me afastar de amigas. Essa daí depois de umas e outras admitiu que se afastou porque ficou com medo de mim. E eu sei bem porquê. Lembro da última conversa que tivemos e do que eu disse pra ela porque ela me perguntou. E eu respondi não foi pra fazer mal, respondi o que eu pensava. Depois disso, tchau amizade de anos...
Ela disse que me ligaria essa semana, disse que falava a verdade. Eu sei que não vou esperar pra ver. Não quero esperar mais nada de ninguém. Porque se nem minha mãe foi gente fina comigo, por que as ditas amigas seriam? Minha lista de perda só tem aumentado ao longo dos anos... Infelizmente. Daqui a pouco não tenho mais nenhuma... Mas e aí, o que eu faço então de agora em diante? Minto? Faço de conta que as coisas não me machucam, não me ferem? Olho as maiores merdas e concordo com tudo?

Mas, meus senhores, voltando à vaca fria: não é uma coisa assim, digamos, totalmente esquizofrênica? Como é que alguém diz o que essa pessoa me disse e aí, passado um tempinho, vira e me diz com a maior naturalidade pra eu deixar de bobagens, como se fosse uma manha minha? Meus senhores, vocês percebem algo de muito esquisito nisso ou só sou eu a louca mesmo?
E se alguém vier com aquele papo de perdão e blá, blá, blá... eu já disse, não sou cristã, não dou a outra face, não perdôo 7 x 70 (nem 1 x 2 pra ser sincera), e não creio que o paraíso me espera por perdoar quem me maltrata. Se os humilhados um dia serão exaltados, lá no céu, no paraíso, isso eu não sei e nem quero esperar pra ver. O que eu digo é: já fui sacaneada o bastante. Já me deixei pisar o bastante. Agora já deu, né? Chega! Porque mesmo eu reconhecendo minha vida loser, não vou servir de capacho pra os caprichos de ninguém, nem amiga, nem namorado, nem amante, nem irmão, nem nada. E se eu tiver que me humilhar, que seja pela Paz Mundial ou pelo Fim da Fome no Mundo.
Quanto à ela, espero que recupere a capacidade de se lembrar dos estragos que comete. Porque esse problema de perda de memória recente seletiva é uma bosta.
De qualquer forma tomara que seja bem feliz seja lá onde estiver e me esqueça completamente. Se eu pudesse, faria o mesmo.
Enfim, a festa de domingo só não foi melhor por conta disso. Que merda.
Será que meu último e-mail pra esta pessoa não foi suficientemente claro? Será que ela imaginou que eu, idiota e sentimental como sempre fui, deixaria passar mais essa? Que eu iria fazer o que já fiz e abraçá-la chorando como se eu realmente tivesse alguma culpa?! Mas era só o que me faltava mesmo! Aos quintos dos infernos com abraços e choramingações! Que vá procurar outra imbecil pra servir de tapete e de alvo pras próprias decepções. Eu faço isso comigo mesma, porque ela não pode se culpar a si mesma pela falta de interesse do garoto em questão ou porque realmente só atraía caras altamente chave-de-cadeia? Porque eu tenho que ser a escrota? Resposta fácil, meus senhores: porque eu deixei.
Deixei, passado. Passado pra lá de imperfeito.

Whatever.

No mais, tudo na mesma. Mas, por um lado, isso é bom. Estou tentando adquirir e manter uma rotina. Uma rotina positiva, eu diria. Sei lá, estranhamente tenho acordado de bom-humor... E, na maior parte do tempo, tenho conseguido conservá-lo. Espero que as coisas continuem fluindo pra mim, fluindo numa boa... nossa, como diria meu amigo ex-cabeludo-metaleiro, tô praticamente uma pódi-crê... Creeedo!

1 Comments:

At terça-feira, setembro 05, 2006 5:36:00 PM, Anonymous Anônimo said...

tia, eu sinceramente não entendi 100% das coisas, mas assim, mude O_O
isso, não se deixe mais humilhar 8D ahááá, assim as pessoas vão pensar duas ou mais vezes antes de abusar de você ò.o\,,/


te amo :*

 

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