incertezas sempre, eis minha única certeza...
Psico-sapa, né? Saiba, dona June, que a primeira coisa que MCA me disse hoje quando ficamos relativamente a sós foi que recebeu minha mensagem e me agradeceu por ter mandado e disse que estava bem e aí foi me contar que a mãe caiu e quebrou um pedaço do fêmur e que está no hospital e todas essas cosias e detalhes e coisas que levaram um tempão e isso ele falando sentado olhando pra mim, só pra mim e pra mais ninguém. Eu conversei com ele numa boa, a fase de ansiedade cruel já havia terminado quando ele veio me dizer isso. Eu disse pra ele que se ele precisasse de algo, que era só me dizer porque eu faria o que pudesse. Na verdade milhares de cenas eróticas passaram pela minha cabeça e, na verdade, acho que eu queria mesmo era que ele me dissesse o mesmo que eu teria MUITO o que dizer pra ele fazer por mim... Mas, enfim, eu fiquei realmente triste pelo que aconteceu com a mãe dele que também é idosa e lembrei do meu pai e do sufoco que foi. E, quando eu disse que gostaria de ajudar, eu não menti não, eu gostaria mesmo de poder ser útil pra ele, de poder fazer algo por ele, sei lá, nem que fosse só ouvi-lo mesmo, dar atenção, um colinho, não sei. Eu queria fazer algo por ele, mas não acredito que ele realmente queira minha ajuda a respeito de qualquer coisa. Enfim, cada qual com seus problemas...
Falando sobre o momento de tensão: conselho de classe e ele sentado ao meu lado. Eu tinha a impressão de que dava pra ouvir meu coração lá da sala da direção, mas ninguém podia me ouvir, claro. Eu estava suando e errei coisas idiotas por não me concentrar direito. Eu ficava olhando pra o papel, e, só pra variar, tentava parecer calma apesar da proximidade em que estávamos, MCA e eu. Meu coração batia desarvorado e eu mal conseguia me ouvir repetindo mentalmente pra mim mesma “acalme-se! acalme-se!” Sei lá porque ele consegue me atingir assim tão violentamente... O bizarro é que eu achei que fosse passar mal de tanto nervosismo... eu sentia o cheiro dele assim tão perto e achei que fosse vomitar... Não sei como consigo ser tão bizarra...
Meus senhores, não sei porque eu não posso simplesmente gostar de quem gosta de mim. Seria tão melhor... Mas, se as coisas funcionassem assim, certamente MCA poderia gostar de mim, ou então eu e meu primeiro namorado tivéssemos continuado juntos. A lógica das coisas está longe de ser esta... Uma pena, de verdade que é, mas é assim que as coisas são... Eu sei que tem um cara que gosta de mim, que olha pra mim e me deseja, mas a recíproca não é verdadeira, quer dizer, nem tanto e nem por tanto tempo. Ele sabe que gosto dele, mas é um gostar beeem mais ameno do que o dele por mim... E eu gostava de ficar com ele, mas não o bastante pra continuar ficando e ficando indeterminadamente; nem ele e nem eu devemos nos contentar com pouco. E, assim, vamos nos desencontrando vida à fora, eu dele e MCA de mim... Quem disse que a Vida seria justa, né? Eu não posso dar chance a ele. Se eu me dispusesse a tanto, ficaria imaginando que MCA poderia fazer o mesmo por mim, mas ele não vai, assim como eu não vou.
Mas o ridículo nisso tudo é que eu me sinto culpada por pensar em ficar com outros caras que não MCA... Eu sou um poço sem fundo de problemas! Maldito sentimento de culpa! O cara não tá nem aí pra mim, não sabe nem que existo, não dá a mínima pra o que me acontece e deve – em seu íntimo – torcer pra que eu arranje logo um cara pra largar do seu pé (que eu sequer tive oportunidade de pegar literalmente...), mas eu me sinto verdadeiramente culpada. Eu sou uma maluca mesmo... Que pena...
Ouvi uma música que disseram que eu deveria ouvir: Black and White Town
Gostaria mesmo de poder não gostar de ninguém, digo, de nenhum cara. Preferiria levar uma vida pacata, sem libido, tormentas, angústias ou frustrações, sem nada relacionado aos desprazeres de se gostar de um cara - qualquer cara - que não me vê, não me enxerga. E gostaria de ser invisível a todos os outros, não ser desejada, nem querida de nenhuma forma sexual ou mesmo num amor platônico. Seria realmente ótimo não sofrer por causa de nenhum cara e nem tampouco fazer nenhum sofrer por mim. Eu só sirvo pra amizades, e mesmo assim não sem controvérsias... aff...
1 Comments:
ah, verônica! eu fico tão orgulhosa qd tento esconder o meu desejo por um cara sem que percebam os meus engulhos... hahah... mesmo se é reciproco(acontece eventualmente), se não é tão público, eu me esforço muito para não tremer nem ter um treco... mas se eu amadureço será que ainda tem graça? eu acho que as vezes eu relaciono muito o meu querer por alguém com o grau de enjoos ou tremeliques que a pessoa me causa...
um beijo pra srta.
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