vinte e seis de setembro de dois mil e seis
Eu troquei meu último horário pelo dele. Ele não me pediu, claro, mas eu ouvi coisas entre ele e a nossa outra colega e resolvi que me ofereceria pra ajudar. Bem, qualquer um dos meus colegas que precisasse, a não ser que fosse algum escroto, eu ajudaria, imagina o que eu não faria por ele?! Ele não precisa me pedir nada, eu faria tudo e, foda-se se ele não tá nem aí pra mim, eu faço assim mesmo porque eu quero me sentir bem, quero me sentir uma pessoa boa ainda que dificilmente eu seja... Acho que essa coisa de gostar é assim mesmo: eu quero fazer por ele tudo o que eu puder ainda que ele não me peça nada e, se eu pudesse ser útil a ele antes que ele me pedisse, acho que seria ainda melhor. Infelizmente não posso fazer nada fofinho pra ele, nada de flores, nada de cafuné, nada de colinho... Eu não sou nem sequer amiga dele o suficiente pra oferecer qualquer coisa dessas... Uma pena... uma pena mesmo.
Eu sei o que é ter pra dar de sobra e não ter pra quem dar... Eu sei, meus senhores... Por isso eu me compadeço e sofro junto daqueles que estão na mesma situação que eu. Porque eu me sinto triste por mim e por eles... Uma merda.
Será que eu deveria dizer de novo a ele que eu gosto dele? Será que ele acha que, por estarmos conversando direitinho e trocando piadinhas, eu já não me interesso mais por ele? Mas, pra quê? Por que eu faria isso? Pra me expor mais ainda? Pra irritá-lo? Pra me tornar aquela chata insistente que não larga do pé? Mas, será que ele já repensou, nessa confusão toda, alguma vez desde que eu lhe contei que gostava assim dele? Será? Eu não sei nada dele... Uma merda isso... Espero que a mãe dele melhore, não quero vê-lo tristinho, preocupado.
Sempre que entro no ex-champion perto daqui vejo as flores primeiro... Dá uma vontade de compra-las todas! Todas! E eu penso que não poderei mandar flores a ele, provavelmente nunca... Uma pena... MCA merece ganhar flores. Mas não vai ganhar, pelo menos não minhas... o que é infinitamente triste porque as flores são lindas e elas existem pra serem dadas, pra serem recebidas, amadas durante suas curtíssimas vidas... Mas eu jamais daria a MCA flores num potezinho, flores com raízes; eu lhe daria um buquê, um ramalhete de flores que ele veria morrer rapidamente justamente porque não têm raízes. As coisas que não têm raízes precisam ser amadas e admiradas ainda mais intensamente porque morrerão primeiro. Queria tanto poder dar flores a ele... Não sei porque sempre que eu gosto de um cara eu penso em lhe dar flores. Não dei as flores pra todos aqueles que gostei, não sei porque, mas não dei. Outra coisa pra minha listinha de arrependimentos: na próxima vez em que eu estiver junto de um cara e pensar em lhe dar flores, eu o farei.
Ah, minha orquídea deu flores hoje! Ontem mesmo eu olhei pra ela e nada, mas hoje quando puxei a cortina: voilà!, as flores delicadíssimas estavam lá. Três lindas flores brancas com os contorno levemente rosado e lilás. Lindas! E talvez outras ainda apareçam até o final desta semana. Flores me fazem bem, eu gosto de olhar pra elas, especialmente as minhas orquídeas que florescem só uma vez por ano e apenas nesta época. Será que é primavera agora? Nunca consigo diferenciar uma estação da outra, quer dizer, só o inverno do que acontece durante o resto do ano porque fica mais frio que de costume, no mais, tudo igual. As minhas flores são lindas! Mas estas fotos são do ano passado, mas, meus senhores, não se preocupem que as flores são desse mesmo modelo. Lindas! Talvez um dia eu dê flores a MCA. Não, acho que não...


1 Comments:
já é primavera há uma, duas semanas....
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