rosas...
Recebi flores. Gostei delas. Amo as flores. Mas sinto como se eu as tivesse ganho sem nenhum mérito... Se ele soubesse o que andou me acontecendo nos últimos dias, não teria me mandado as rosas vermelhas lindas.
Eu cheguei em casa muito cansada na quinta-feira pra escrever qualquer coisa. Também estava confusa demais pra ordenar as palavras...
Fui, na quarta-feira, a um forró com amigas e um amigo do ex-trabalho. Encontrei uma das minhas irmãs lá e um amigo da família. Foi legal, legal mesmo, dancei bastante, ri, me diverti. Estava precisando muito disso. Mas vi também um cara que há um ano, ou mais, foi o objeto dos meus desejos. Ai, aquela pele preta, aqueles olhos pertos... Ai de mim diante de tanta beleza crua, violenta como só aquele sorriso provocativo atrás daqueles óculos sérios pode ser.
Eu já havia suspirado tanto por ele noutros tempos... Havia escrito sobre ele e para ele. Havia me debruçado sobre muitas das convicções e ideologias para poder olha-lo melhor, embora sempre com uma certa distância que ele próprio me impunha.
Ele, esse homem, esse menino lindo e distante estava lá e já veio falar comigo todo cheio de amor pra dar. Eu fiquei feliz, isso fez bem pra o meu ego. A gente ficou. Normal, não era a primeira vez que a gente ficava. Mas depois, na quinta, eu pensava nele, e percebi que não havia mais nada do antigo desejo, só carinho e muita admiração. Foi bom, nesse sentido, ter ficado com ele, serviu pra mudar essa página definitivamente. Por outro lado, no entanto, me fez içar pensando com grande tristeza no MCA, que talvez eu nunca nem beije, que provavelmente nunca vai me dar sequer um abraço... Foi uma quinta-feira cinzenta... Mas eu fiquei com essa sensação só pra mim porque uma das minhas irmãs, a que estava no forró, acabou vindo aqui pra casa com meu sobrinho. A princípio eu deveria ajuda-la com uns trabalhos da faculdade, mas acabei dormindo em cima do texto... Fiquei de ir lá no domingo então. Nós lanchamos no giraffa’s perto daqui de casa e tomamos sorvete no Mcdonalds. Aliás, parênteses, meus senhores, o top sundae com cobertura de amora é sensacional! No final da tarde eles foram embora. Pouco depois uns amigos chegaram aqui e fomos ver filme. Vimos Dália Negra. Entre esses amigos, na verdade três amigas e o namorado de uma delas, estava a minha melhor amiga. Ela nunca me deixa ficar em casa quando percebe que estou recusando alguma saída porque estou triste...
Estranho como algumas pessoas conhecem tão bem a gente.
Eu me sinto triste por mim e por eles. Sinto-me terrivelmente culpada com relação a ambos, mesmo sabendo que não deveria que não devo nada a nenhum assim como eles nada me devem. Mas sinto-me culpada assim mesmo porque sempre magôo o cara das lindas rosas e porque sou louca a ponto de me sentir culpada por ter ficado com outro cara como se eu tivesse qualquer compromisso com MCA. Ele não me dá a mínima e eu me sinto culpada quando um outro cara dá... É loucura, eu sei, meus senhores, mas não sei como desligar esse maldito impulso! Gostaria... mas não sei como faço pra não ser assim... uma merda isso tudo...
Hoje fui ver um amigo fazendo uma tattoo e aproveitei pra recolocar outros dois piercings: sobrancelha esquerda e umbigo. Fiquei com um louca vontade de fazer outras tattoos, mas não posso, preciso controlar melhor meus gastos. Preciso mesmo.
Fiz uma pausa pra ler um e-mail de uma amiga que está em Roma. Ela fez umas visitas a uns lugares que eu pedi. Não que eu tenha ido lá e achado ótimo e dado as referências. Claro que não! Nunca deixei esta país a não ser nos sonhos que tenho acordada, debruçada sobre os fabulosos livros de Arte. Pois foi o que fiz, corri à minha estante e peguei uns livros e aí disse pra ela ir ver as esculturas e as pinturas que eu tanto amo, mas não conheço. Isso me faz lembrar de um filme que eu gostei muito: nunca te vi, sempre te amei, preciso dizer que eu me identifiquei com ele? Eu tenho essa tendência bizarra de amar o que não conheço... Acho que a exceção é parte da minha família e minhas amigas e amigos, o resto, no que diz respeito à pessoas, mais especificamente homens, tanto menos os conheço, mais os amo.
Me lembrei que um me disse recentemente que eu tinha o esquecido muito rapidamente... Pois é, acontece. Às vezes demora muito tempo, muito mesmo pra um cara ser superado, ser página virada do meu folhetim, tudo depende – falando bem honestamente – do seu sucessor. Quanto mais rapidamente houver um outro capaz de me ocupar os pensamentos, tanto mais rapidamente o anterior será esquecido. Simples assim.
Agora é esperar pelo próximo, o que fará a imagem de MCA desbotar na minha memória até oi completo apagamento. Espero que ele venha rapidamente porque essa situação de agora é embaraçosamente triste...
* Música do dia cantada pela Adriana Maciel *
Mora na filosofia (Monsueto e A. Pessoa)
Eu vou lhe dar a decisão
botei na balança e você não pesou
botei na peneira e você não passou
mora na filosofia pra que rimar amor e dor
se seu corpo ficasse marcado
por lábios ou mãos carinhosas
eu saberia, ora vai mulher!
a quantos você pertencia
não vou me preocupar em ver
teu caso não é de ver pra crer
tá na cara...
Bem, talvez devesse ser Acontece do Cartola, que acho que tem mais a ver tanto comigo e MCA, quanto comigo e o cara das rosas...
Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.
Realmente impressionante como as músicas podem falar tanto de tanta gente diferente em, tantas épocas diferentes! Música realmente é uma coisa fabulosa!
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