dez de outubro de dois mil e seis
– Você tava doente, Verônica?
O que eu pensei: – Que te interessa, seu cuzão?!
O que eu respondi: – Não, Peguei um abono.
Nossa, eu fiquei tão indignada, meus senhores quando MCA me perguntou isso!!! Tive vontade de pular no pescoço dele. Fala sério! Depois de me tratar como se eu simplesmente não existisse ali, vem me perguntar isso, como se ele se importasse... Que ódio! Tive vontade de gritar com ele, de berrar dizendo que ele me deixa doenteeeeeeee!!! Mas eu nem olhei pra ele, só respondi secamente, só pra não ser muito mal-educada.
Ah, meus senhores, não é porque as lágrimas secam que o sorriso vai brotar pra ser distribuído. Ora, faça-me o favor! Não sei porque ele faz esse tipo de coisa. Só deve ter percebido que faltei se isso tiver lhe causado algum problema, se ele tiver que ter pego minhas turmas. No mais, não tá nem aí pra mim. Deveria simplesmente não me dirigir a palavra que, aliás, é o que pretendo com relação a ele, extirpa-lo até dos meus bons-dias e conversinhas fiadas e piadinhas. Pra mim, ele já era. Agora estou com ódio! Ódio não dele que realmente não tem mesmo nem um motivo sequer pra gostar de mim, pra se interessar por mim ou mesmo ter por mim qualquer afeição. Estou com ódio de mim mesma por continuar embarcando nessas canoas furadas. Tomara que a freqüência disso diminua até cessar um dia, antes do dia da minha morte, espero. Só mesmo uma anta como eu, uma idiota total e completa, pra ficar sofrendo e me remoendo toda por conta dele... Pior é que meus planos de ficar numa boa lá no trabalho foram por água abaixo no mesmo momento em que o vi... Ele não precisava ter me dirigido a palavra e o estrago já teria sido grande. Depois de falar comigo então, putz, lá se foi minha tarde de trabalho...
Continuo me sentindo triste e só e totalmente desamparada ali... Eu faço o que tenho que fazer, até falo direito com as pessoas, não resmungo só uns monossílabos não, mas isso tudo consome uma energia enorme. E eu não sei por quanto tempo conseguirei manter esse ritmo. Não sei mesmo. A impressão que me dá é que cairei ali durinha qualquer hora dessas de tanta fraqueza. Eu me alimento direitinho, não tenho mais muito o que fazer além de comer, ainda que eu não sinta tanta fome, porque não quero que meu estômago doa de novo. Essa cosia de gastrite é um saco.
Ah, sei lá, meus senhores, eu só queria poder tirar férias compridas disso tudo. Queria poder chegar num lugar onde eu não conhecesse ninguém e ninguém me conhecesse.
Que droga...
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