Minha terceira barra de cereais com chocolate do dia.
Estou ouvindo o cd novo que ganhei pela terceira vez. Esse é só com músicas dançantes e é bem legal. Como eu havia dito, o cara tem bom gosto pra músicas. Ele é bem legal também. Espero que essa coisa de amizade entre nós funcione porque todo o resto falhou.
Ando fazendo crochê compulsivamente. Substitui a autofagia por agulha e linha... Alivia a ansiedade, isso é verdade. Acho que está sendo terapêutico pra mim. Apesar de pensar muito, enquanto a agulha vai e vem quase no piloto automático, são pensamentos diferentes daqueles que me ocupam quando estou de mãos vazias. Eu me perco no movimento repetitivamente hipnótico da agulha trespassando a linha, o atrito entre meus dedos finos e o metal.
Cheguei à conclusão de que preciso de um cara que seja independente de fato da casa paterna e da barra da saia materna. Não, não adianta trabalhar e pagar as contas mas continuar morando com a família. Tem que ser um cara que dê conta de si mesmo, pra valer, de todos os detalhes de sua vida, a começar pela sua própria casa. Isso não quer dizer nem de longe que agora eu me transformei numa interesseira mercenária, não, de jeito nenhum!, mas eu realmente ponderei muito a respeito desta questão e creio que, se couber a mim escolher as características que um cara deve ter mais ou menos semelhantes às minhas, esse é um dos itens primordiais: independência. Não, não quero ser sustentada, não quero ninguém pra pagar minhas (muitas) contas, quero um cara que seja responsável pelo seu sustento, que saiba colocar rolo de papel higiênico no banheiro porque eles não brotam espontaneamente lá, um cara que faça compra do mês, que limpe o banheiro. Isto significa dizer: um homem que tenha o domínio das coisas práticas da sua vida, que não fique esperando que ninguém faça as coisas por ele, que tenha atitude.
Não estou dizendo que meus relacionamentos passados foram arruinados porque os caras moravam com a família, o que estou dizendo é que todos eles tinham isso em comum e que agora quero tentar algo diferente pra ver se obtenho resultados diferentes.
Quero acrescentar ainda nessa minha “wishlist” que fumantes estão veementemente descartados. Beber uma cervejinha de vez em quando, tudo bem, mas beber todo dia, nem pensar! Chega de alcoólicos na minha vida! Já me bastam os exemplos na família...
Bem, aquelas qualidades utópicas como inteligência+bom-humor+sorriso encantador+beijo matador+sensibilidade continuam valendo, mas, enfim, sonhar não paga imposto, né?
Ah, meus senhores, eu tenho certeza que muitos dentre vós têm todas essas qualidades, mas vós sois de outrem, têm seus corações nas mãos de outras damas e isso é bom. E, dentre vós, quem ainda não é meu amigo? Amizade é o sentimento que eu mais prezo na vida, e isso colocaria qualquer um de vós fora do meu rol de outras intenções...
Se bem que um pensamento bastante estranho anda pululante como janelinha pop-up nesta minha cabecinha: talvez o amor que eu tanto quero deva nascer de uma grande amizade. Mas isso não é pr’agora não, meus senhores! Primeiro eu tenho que conhecer um cara diferente, pelo qual ainda não tenho sentimentos nobres e nem nenhuma intenção. Aí sim, com o convívio, com o conhecimento de ambas as partes, com as conversas, aí surgiria e cresceria o Amor. Não seria lindo?! Ai, ai... *suspiro*
Do jeito que sou sortuda, capaz de me acontecer como naquele filme “nunca te vi, sempre te amei”...
Credo!
Ah, isso sim seria muito Romântico! E seria uma merda na vida real, fora das páginas dos livros e longe das telas de cinema...
Credo!
Enquanto isso, na vida real, continuo olhando um certo alguém com olhos que transitam entre o querer e o medo. O cara sabe que existo mas não sabe que existo. Deve achar que sou lésbica também... às vezes isso me deixa muito chateada. Mas o que posso fazer a respeito?! Não dá pra sair por aí dizendo: “olha, pessoa, essa imagem que você construiu do universo gay é muito limitada! Nem toda garota de cabelo curto e calças folgadas é lésbica. Então larga de frescura e me beija logo!”.
Tem outra coisa também que muita gente me diz, que me achava metida e brava. Ser tímida e introvertida é uma bostaaaaaa! Como é que eu vou sair por aí dizendo: “olha, pessoa, eu gosto de você, sabia? Não me leve a mal se não falo contigo direito, se não te comprimento, é que tenho vergonha...” Não, não dá não. Quando tento ser mais “simpática”, parece que tem 1kg de argamassa cobrindo meu rosto, pareço artificial demais! E, pior que tudo, não sei ser sutil... Nunca soube. Sempre fui muito direta e isso já faz os caras pensarem naquelas merdas do tipo “se ta dando em cima de mim, essa daí dá em cima de qualquer um/todo mundo”. Coisa mais baixo-auto-estima pensar isso, não? Ao invés de se sentirem especiais, a maioria dos caras se sente apenas mais um na multidão quando uma mina dá em cima, automaticamente desvalorizando-a pela escolha. Mas, enfim, se o cara pensa isso então é porque ele é realmente mais um merda na multidão e, certamente, é uma pena que a mina esteja perdendo seu precioso tempo com um tipinho assim de pensamento tão raso...
Whatever...
Whatever...
Fico por aqui, meus senhores, antes que me sinta amargurada e acabe com este dia que foi tão produtivo.
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