sábado, setembro 30, 2006

encantamento

Este terceiro e último cd do Cordel do Fogo Encantado, Transfiguração, é uma reunião de crônicas do infinito. Pensei em muitas palavras, mas fiquei com infinito porque é um universo de possibilidades, tal como acontece com a banda. A banda é nordestina, mas esse nordeste expandiu-se de tal forma nas músicas que não cabe mais nas fronteiras geográficas. As músicas têm um sotaque fortíssimo, e isso é um norte, uma direção, mas falam de coisas que podem ser tão banais que se dariam em qualquer canto deste país, inclusive em Recife. Acho isso lindo essa capacidade de se falar muitas coisas diferentes com a maior das simplicidades. É uma mistura tão doce, tão lírica de sonoridades complexas em si, e mais ainda nesse todo, que não sei se choro ou rio quando os vejo no palco. O Cordel é a banda que eu mais gosto de ver. Desde o Chico Science & Nação Zumbi não me sinto assim tão maravilhada diante de um palco a ponto de querer ir a todos os shows que acontecem nesta cidadezinha.
Ainda me lembro do primeiro show que vi do Cordel do Fogo Encantado. Eu fui, na verdade, porque conhecia a outra banda, Casa de Farinha, e achei que não faria mal ver o show dessa nova banda da qual eu nunca ouvira falar, mas que tinha o nome legal... Ali, no Teatro Nacional, deu-se uma coisa, uma coisa tão surpreendente, tão singular, tão maravilhosa: eu me apaixonei pela banda, por aquela sonoridade que misturava um monte de coisas que eu gostava, como os tambores, com uma performance fabulosa, não só por parte do vocalista, mas dos outros integrantes também. Eu fiquei extasiada! E, desde então, toda vez que escuto falar em show do Cordel, eu vou atrás. Não sou groupie, nunca consegui ser com nenhuma banda. Sou amante! Eu amo essa banda! Acho que é lindo demais vê-los no palco e espero que todos os discos lançados futuramente não percam de vista a qualidade excepcional que mantiveram até hoje, e continuem incorporando/aglutinando/fagocitando/transfigurando todo tipo de novidade que acrescente positivamente ao seu som. O show de ontem foi lindo! Lindo!
E espero que mais e mais pessoas possam desfrutar desse verdadeiro espetáculo que é o Cordel do Fogo Encantado num show. Coisa mais linda! Eu, às vezes, até evito ouvir os cd’s em casa porque por melhor que seja o trabalho de estúdio, não chega aos pés do que é senti-los ao vivo, bem ali a alguns metros de distância, aquela música preenchendo o espaço, as batidas repercutindo no seu peito, seu corpo todo vibrando sem saber nem por quê. Eu começo a ouvir os cd’s quando fico com muita saudade dos shows. O dvd eu não comprei porque não tenho nem televisão em casa, que dirá dvd player... Quando eu tiver, mas realmente não tenho pressa em adquirir esses aparelhos, eu devo comprar o dvd do Cordel antes de qualquer outro dvd, porque é lindo vê-los no palco, suando, rindo, fechando os olhos em alguns momentos, deixando aquela emoção invadir a platéia, deixando as músicas pulsarem neles e em todo mundo.
Tudo bem, o Lirinha (José Paes de Lira, como vem escrito neste último cd) é um foco de atenção, ele chama e retém a atenção de qualquer um, mas não monopoliza o público tanto assim que a gente não consiga apreciar a performance dos outros rapazes. Cada um mais maravilhoso que o outro. Cada movimento, cada braço que sobe e desce, as mãos percorrendo as cordas, cada instrumento sendo tocado é um show. Eu me pergunto, então, se as pessoas que vão aos shows entendem a importância dessa banda, se conseguem perceber o privilégio de ver essa banda, de ter todos os sentidos revirados de cabeça pra baixo...?
Esperarei, pois, pelo próximo show!

A pergunta que não quer calar: por que o Lirinha pega tanto no saco? Eu acho que vou me candidatar pra entrar num revezamento com ele.

quarta-feira, setembro 27, 2006

vinte e seis de setembro de dois mil e seis

Eu troquei meu último horário pelo dele. Ele não me pediu, claro, mas eu ouvi coisas entre ele e a nossa outra colega e resolvi que me ofereceria pra ajudar. Bem, qualquer um dos meus colegas que precisasse, a não ser que fosse algum escroto, eu ajudaria, imagina o que eu não faria por ele?! Ele não precisa me pedir nada, eu faria tudo e, foda-se se ele não tá nem aí pra mim, eu faço assim mesmo porque eu quero me sentir bem, quero me sentir uma pessoa boa ainda que dificilmente eu seja... Acho que essa coisa de gostar é assim mesmo: eu quero fazer por ele tudo o que eu puder ainda que ele não me peça nada e, se eu pudesse ser útil a ele antes que ele me pedisse, acho que seria ainda melhor. Infelizmente não posso fazer nada fofinho pra ele, nada de flores, nada de cafuné, nada de colinho... Eu não sou nem sequer amiga dele o suficiente pra oferecer qualquer coisa dessas... Uma pena... uma pena mesmo.
Eu sei o que é ter pra dar de sobra e não ter pra quem dar... Eu sei, meus senhores... Por isso eu me compadeço e sofro junto daqueles que estão na mesma situação que eu. Porque eu me sinto triste por mim e por eles... Uma merda.

Será que eu deveria dizer de novo a ele que eu gosto dele? Será que ele acha que, por estarmos conversando direitinho e trocando piadinhas, eu já não me interesso mais por ele? Mas, pra quê? Por que eu faria isso? Pra me expor mais ainda? Pra irritá-lo? Pra me tornar aquela chata insistente que não larga do pé? Mas, será que ele já repensou, nessa confusão toda, alguma vez desde que eu lhe contei que gostava assim dele? Será? Eu não sei nada dele... Uma merda isso... Espero que a mãe dele melhore, não quero vê-lo tristinho, preocupado.

Sempre que entro no ex-champion perto daqui vejo as flores primeiro... Dá uma vontade de compra-las todas! Todas! E eu penso que não poderei mandar flores a ele, provavelmente nunca... Uma pena... MCA merece ganhar flores. Mas não vai ganhar, pelo menos não minhas... o que é infinitamente triste porque as flores são lindas e elas existem pra serem dadas, pra serem recebidas, amadas durante suas curtíssimas vidas... Mas eu jamais daria a MCA flores num potezinho, flores com raízes; eu lhe daria um buquê, um ramalhete de flores que ele veria morrer rapidamente justamente porque não têm raízes. As coisas que não têm raízes precisam ser amadas e admiradas ainda mais intensamente porque morrerão primeiro. Queria tanto poder dar flores a ele... Não sei porque sempre que eu gosto de um cara eu penso em lhe dar flores. Não dei as flores pra todos aqueles que gostei, não sei porque, mas não dei. Outra coisa pra minha listinha de arrependimentos: na próxima vez em que eu estiver junto de um cara e pensar em lhe dar flores, eu o farei.

Ah, minha orquídea deu flores hoje! Ontem mesmo eu olhei pra ela e nada, mas hoje quando puxei a cortina: voilà!, as flores delicadíssimas estavam lá. Três lindas flores brancas com os contorno levemente rosado e lilás. Lindas! E talvez outras ainda apareçam até o final desta semana. Flores me fazem bem, eu gosto de olhar pra elas, especialmente as minhas orquídeas que florescem só uma vez por ano e apenas nesta época. Será que é primavera agora? Nunca consigo diferenciar uma estação da outra, quer dizer, só o inverno do que acontece durante o resto do ano porque fica mais frio que de costume, no mais, tudo igual. As minhas flores são lindas! Mas estas fotos são do ano passado, mas, meus senhores, não se preocupem que as flores são desse mesmo modelo. Lindas! Talvez um dia eu dê flores a MCA. Não, acho que não...



segunda-feira, setembro 25, 2006

incertezas sempre, eis minha única certeza...

Psico-sapa, né? Saiba, dona June, que a primeira coisa que MCA me disse hoje quando ficamos relativamente a sós foi que recebeu minha mensagem e me agradeceu por ter mandado e disse que estava bem e aí foi me contar que a mãe caiu e quebrou um pedaço do fêmur e que está no hospital e todas essas cosias e detalhes e coisas que levaram um tempão e isso ele falando sentado olhando pra mim, só pra mim e pra mais ninguém. Eu conversei com ele numa boa, a fase de ansiedade cruel já havia terminado quando ele veio me dizer isso. Eu disse pra ele que se ele precisasse de algo, que era só me dizer porque eu faria o que pudesse. Na verdade milhares de cenas eróticas passaram pela minha cabeça e, na verdade, acho que eu queria mesmo era que ele me dissesse o mesmo que eu teria MUITO o que dizer pra ele fazer por mim... Mas, enfim, eu fiquei realmente triste pelo que aconteceu com a mãe dele que também é idosa e lembrei do meu pai e do sufoco que foi. E, quando eu disse que gostaria de ajudar, eu não menti não, eu gostaria mesmo de poder ser útil pra ele, de poder fazer algo por ele, sei lá, nem que fosse só ouvi-lo mesmo, dar atenção, um colinho, não sei. Eu queria fazer algo por ele, mas não acredito que ele realmente queira minha ajuda a respeito de qualquer coisa. Enfim, cada qual com seus problemas...
Falando sobre o momento de tensão: conselho de classe e ele sentado ao meu lado. Eu tinha a impressão de que dava pra ouvir meu coração lá da sala da direção, mas ninguém podia me ouvir, claro. Eu estava suando e errei coisas idiotas por não me concentrar direito. Eu ficava olhando pra o papel, e, só pra variar, tentava parecer calma apesar da proximidade em que estávamos, MCA e eu. Meu coração batia desarvorado e eu mal conseguia me ouvir repetindo mentalmente pra mim mesma “acalme-se! acalme-se!” Sei lá porque ele consegue me atingir assim tão violentamente... O bizarro é que eu achei que fosse passar mal de tanto nervosismo... eu sentia o cheiro dele assim tão perto e achei que fosse vomitar... Não sei como consigo ser tão bizarra...

Meus senhores, não sei porque eu não posso simplesmente gostar de quem gosta de mim. Seria tão melhor... Mas, se as coisas funcionassem assim, certamente MCA poderia gostar de mim, ou então eu e meu primeiro namorado tivéssemos continuado juntos. A lógica das coisas está longe de ser esta... Uma pena, de verdade que é, mas é assim que as coisas são... Eu sei que tem um cara que gosta de mim, que olha pra mim e me deseja, mas a recíproca não é verdadeira, quer dizer, nem tanto e nem por tanto tempo. Ele sabe que gosto dele, mas é um gostar beeem mais ameno do que o dele por mim... E eu gostava de ficar com ele, mas não o bastante pra continuar ficando e ficando indeterminadamente; nem ele e nem eu devemos nos contentar com pouco. E, assim, vamos nos desencontrando vida à fora, eu dele e MCA de mim... Quem disse que a Vida seria justa, né? Eu não posso dar chance a ele. Se eu me dispusesse a tanto, ficaria imaginando que MCA poderia fazer o mesmo por mim, mas ele não vai, assim como eu não vou.
Mas o ridículo nisso tudo é que eu me sinto culpada por pensar em ficar com outros caras que não MCA... Eu sou um poço sem fundo de problemas! Maldito sentimento de culpa! O cara não tá nem aí pra mim, não sabe nem que existo, não dá a mínima pra o que me acontece e deve – em seu íntimo – torcer pra que eu arranje logo um cara pra largar do seu pé (que eu sequer tive oportunidade de pegar literalmente...), mas eu me sinto verdadeiramente culpada. Eu sou uma maluca mesmo... Que pena...

Ouvi uma música que disseram que eu deveria ouvir: Black and White Town

Gostaria mesmo de poder não gostar de ninguém, digo, de nenhum cara. Preferiria levar uma vida pacata, sem libido, tormentas, angústias ou frustrações, sem nada relacionado aos desprazeres de se gostar de um cara - qualquer cara - que não me vê, não me enxerga. E gostaria de ser invisível a todos os outros, não ser desejada, nem querida de nenhuma forma sexual ou mesmo num amor platônico. Seria realmente ótimo não sofrer por causa de nenhum cara e nem tampouco fazer nenhum sofrer por mim. Eu só sirvo pra amizades, e mesmo assim não sem controvérsias... aff...

domingo, setembro 24, 2006

Acordei ontem e fiquei preguiçosamente lendo Cartas a Nelson Algren: um amor transatlântico 1947 - 1964. Comecei a ler já faz tempo, mas eu leio uma carta, durmo meia hora, leio outra carta e por aí vai... Ou seja, devo terminar de ler daqui uns 5 anos se continuar nesse ritmo... Mas eu não tenho pressa, as cartas já foram enviadas, recebidas, o tempo passou, eles morreram. Bem, o fato é que estava ontem lendo o livrinho (e sublinhando as partes mais bonitas) quando meu telefone tocou. Era o menino dos cd's que dão a pala. Ele me surpreendeu dessa vez, foi todo docinho comigo e ainda por cima me disse que gravaria outros novos com as musiquinhas que eu queria e numa mídia melhor porque talvez o problema fosse a qualidade das mídias usadas anteriormente. É que eu mandei um e-mail pra ele reclamando e, embora nem sempre seja intencional, sei que posso soar mais mal-humorada do que sou, então foi por isso que estranhei e até me surpreendi mesmo ao ouvi-lo num tom tão amável. Fiquei contente porque ele escolheu umas músicas ótimas nos cd's e vê-las sendo interrompidads bem no meio é palha. Ainda continuo achando que esse é o tipo de presente super legal de se dar, coisas que as pessoas mesmo fazem. Eu já ganhei vários cd's de várias pessoas e nem sei se soube agradecer direito. Espero que eles continuem me dando cd's com músicas que eles mesmo escolheram.
Agora estou aqui, embromando mais uma vez pra não fazer todas as coisas que deevem ser feitas, como a bendita faxina ou mesmo a leitura dos textos de PSI e HSPB... Não poderei enrolar mais, só mesmo o tempo do banho demoradíssimo de domingo.
No mais, preciso decorar mais ou menos um texto pra falar amanhã na coordenação, mas não sei se conseguirei porque além da minha memória ser trash, o nervosismo é foda, meus joelhos ficam batendo um no outro...

Ah, putz, minhas pernas, mais especificamente os músculos da parte atrás das coxas, estão me matando de dor desde ontem. Foi a bendita aula de sexta... Fiz duas séries de 10 repetições no bendito aparelho que você fica de quatro pra malhar os glúteos... Ô posição palha! Acho meio ridículo, mas, enfim, tudo pelo condicionamento físico! E, quem sabe, pela tonificação muscular! Será que eu vou conseguir aumentar minha massa muscular em alguma coisa? Tomara porque acordar às 5h20 da manhã não pode ser tão em vão!

Musiquinha pra o dia inteiro: time of the season, The Zombies. Essa musiquinha é muito boa!

sexta-feira, setembro 22, 2006

kouros II

Putz, muito bisonhamente eu não imaginei que fosse ver hoje sobre quem eu falava ontem, o menino do sotaque... aliás, ele não é tão menino... é só um ano mais novo que eu. Não parece. Eu diria que era, pelo menos, uns quatro. De qualquer forma achei bom tê-lo visto porque, depois de termos até trocado umas palavras, agora vamos nos cumprimentar quando nos virmos por aí. Ele nem sempre me ouvia não. Achei isso extremamente desagradável como acho todas as vezes que alguém tem a falta de educação de começar uma conversa comigo e depois simplesmente vira o rosto, fica olhando pra os outros lados, como se aquele assunto que a figura mesmo iniciou repentinamente perdesse todo o interesse. Detesto quando fazem isso comigo. Mas foi bom porque agora eu já sei que esse daí é só pra conversar mesmo. Além desse comportamento demasiado auto-centrado, ele está pegando uma mina que eu conheço e que, aliás, sinto que já deu em cima de mim, mas eu não curto essa onda lesbo. Mas confesso que fiquei empolgadinha vendo o rapaz dar uns amassos na mina. Na verdade ela estava paradinha abraçada pelas costas à ele e ele estava mordiscando a orelha dela e fazendo umas provocações assim e eu pensei ai ai ai... ô vontade! Mas, enfim, esse é mais um que já veio carimbado com um enorrrme “inapropriado para Verônicas”. Tudo bem, pelo menos por esse daí eu não vou sofrer.
Falando em homens que me fazem sofrer, MCA está doente. Mandei mensagem pra ele perguntando se ele tava bem, se precisava de algo e, hoje, desejando melhoras. Ele respondeu uma, a de hoje, não. Bem, também não posso fazer mais que isso.... fico preocupada de verdade com ele, infelizmente... Ele não teve nem a consideração de mandar como resposta um ok... Credo. Esses homens só me decepcionam. Não esperava essa falta de educação dele. Tanto melhor, pois não? Assim eu vou juntando umas coisas negativas pra deixar de lado essa idéia estúpida – que é gostar dele. E enquanto isso, o amigo lá do trabalho fica o tempo inteiro mandando umas indiretas pra colega engraçadinha, dizendo que tem gente na fila pra ela e coisas do tipo. Eu tenho certeza que ele quer dizer que o meu MCA é o cara, mas não fala logo não sei nem porquê. Nesses momentos eu fico calada, não tenho nem o que dizer. Eu gostar do MCA é um problema só meu... Infelizmente só eu tenho que carregar esse fardo que esse sentimento se transformou... Uma pena mesmo... acho que ficaríamos tão bem juntos, um cuidando do outro, a gente juntinho pela vida à fora... Mas, enfim, não posso fazer nada se ele é um escroto. Começo a achar que ele não é nada disso do que eu imagino, que é um babaca mesmo, que prefere a peituda à mim apesar dela não gostar dele e eu sim... Que merda.

Agora estou tentando ouvir o bendito cd 2 eu meu amigo/leitor gravou pra mim, mas tá foda. O cd1 eu desisti de ouvir porque, embora as músicas sejam ótimas, o cd trava em todas as músicas! Mas o pior mesmo é que as únicas duas músicas que eu queria, ele não gravou... Ah, meus senhores, sabeis vós que todo tipo de coisas vira “um sinal dos céus” pra mim...Esse é o tipo de detalhe que vem a confirmar minha teoria de que esse tipo de coisa é que vai acontecendo em escalas maiores até casamento de séculos acabar... Me lembrou aquele filminho besteirol “separados pelo casamento” em que a mulher cheia de coisas pra fazer pede pr’o marido comprar 12 limões e ele traz 4... Aff... Se fosse o meu marido, teria levado 4 limõezadas no cocoruto! Aff!

Eu tava crente que ia deitar ouvindo “good as gold” e “beauty #2”... uma pena...
Ele me entregou os cd’s hoje. Na despedida me deu uma abraço gostoso. É claro que às vezes eu hesito, mas não muito freqüentemente, pelo menos não com relação à ele... é que ainda acho um desperdício nossos sentimentos com relação um ao outro não serem recíprocos...
Whatever... Melhor eu ir dormir porque esse é um assunto sem fim... aff.....

quinta-feira, setembro 21, 2006

kouros

Fiquei pensando hoje num cara que eu conheci há tempos atrás e que me foi apresentado “formalmente” numa festa; amigo de amigos. No dia em que o conheci, houve uma coisa estranha, sei lá, só sei que eu bem que queria ter ficado com ele, mas achei que ele estava muito mais interessado em uma outra amiga, mas lá pelas tantas resolveu falar melhor comigo mas já era tarde, eu já tinha ficado emputecida e larguei de mão. Desde esse dia não falo mais com ele, a não ser que um encontrão pelos caminhos da vida nos coloque frente a frente demais pra eu não conseguir desviar os olhos – e todo o resto do corpo – à tempo. Ele é bonito. Mas o problema mesmo é aquele sotaque lindo. Putz, eu já o tinha visto várias e várias vezes antes de termos sido apresentados na festa fatídica, e, sei lá porque cargas d’água ele chamou minha atenção... ah, acho que era o conjunto da obra: harmônico... aqueles cabelos desgrenhados... homem de cabelo desgrenhado é uma coisa linda quando é assim na medida certa: nem hippie-sujo nem aqueles que parecem ficar 3 horas e ½ na frente do espelho pra parecer que tem um ar casual. Mas tem também aquele jeito dele olhar. Ele olha bonito. A cor dos olhos dele? Sei lá! Não me perguntem esses detalhes, meus senhores, que eu não sei nem a cor dos olhos do MCA! Acho que são castanhos os olhos do MCA, nunca reparei nisso... Acho que são castanhos porque os olhos de todo mundo, os meus inclusive, são castanhos. Mas sempre reparei mais em como as pessoas olham. Pra eu ver a cor dos olhos, tenho que estar muito na superfície... e aí é como olhar pra uma coisa bonita mas que não necessariamente se tem vontade de ter.
Voltando ao cara. Hoje em dia eu praticamente não o vejo, a não ser pelo bendito orkut. Aliás, entrei no perfil dele... queria ver mais fotos, mas acabei não gostando muito não. Não gostei. Sei lá. Olhei, olhei, mas não me disseram muita coisa. Mas tem uma foto bem bonita dele, só que ele tava fumando, se não me engana minha memória enganadora... Aí broxei! Coisa mais besta fumar! Mas no perfil ele diz que não fuma. Sei lá, esse orkut abriga tantas coisas aleatórias... Mas a fotinha que ele tá usando também não é bonita não. É estranha. Sei lá por que mas me lembrou as fotos do Dali. Não tem absolutamente nada a ver ele com o Dali, ele nem sequer está de frente e nem tem bigode esquisito, mas eu me lembrei instantaneamente do Dali...
Nessa foto-que-era-a-mais-bonita-antes-d'eu-ver-o-cigarro ele parece mais um kouros que sempre aparece nos livrinhos de Arte Antiga. Eu nunca gostei daquela escultura... Enfim, sei lá, acho que é tudo desejo reprimido.

Whatever...

Só sei, meus senhores, que se me fosse dada a oportunidade de reparar o mal-entendido, eu o faria com todo o prazer...

terça-feira, setembro 19, 2006

trash

A academia é trash, meus senhores. Trash mesmo, não tem nem aquele aparelhinho que imita escada que eu gostava tanto de fazer. Mas, enfim, é isso aí, é barata, tem os aparelhos e o professor é legal, pelo menos bem melhor do que os outros que eu tive há séculos. Não me senti mais cansada do que antes de começar a ir, embora tenha sentido algumas dores nas pernas, nas panturrilhas, mas não sei se era a TPM ou a academia quem estava me dando essas dores. De qualquer forma, amanhã cedinho estarei lá novamente pra mais uma sessão de “acostumação” com os aparelhos...
N horário em que estou indo tem pouquíssima gente, só uns dois bombados e mais uns dois meninos bonitinhos que devem pretender ficar bombados. Ah, tem umas mulherzinhas também, duas, talvez três. O que me importa é não falar com ninguém, entrar muda e sair calada. O programa de aperfeiçoamento social não se aplica à academia.
O final de semana foi bacana. Já na sexta eu bebi e ri e dancei pra caramba na despedida de solteiro de uma amiga. Só não foi melhor porque me senti meio envergonhada, pra não dizer constrangida, pela minha falta de relatos picantes... Me senti como se eu estivesse separada daquelas mulheres por anos luz... É que teve um joguinho no qual uma de cada vez ia dizendo “eu já...” e contava alguma coisa menos convencional que tinha feito relacionado a sexo e quem mais tivesse feito essa mesma coisa tinha que beber. Resultado: de todas as rodas, se eu tiver bebido duas vezes foi muito... Fiquei triste mesmo nessa hora, exibindo aquele sorrisinho de “o que é que eu estou fazendo aqui?!” É que eu me senti adolescente de novo, naqueles momentos bisonhos em que um grupinho decide brincar do jogo da verdade e eu não sabia nem o que diabos era punheta... putz, maior flashback dos meus 13 anos... Fiquei pensando que o meu próximo namorado vai sofrer na minha mão, mas, na mesma hora, na mesmíssima hora, eu pensei que até eu ter um namorado de novo, já nem lembre mais mesmo dessas coisas. Do jeito que a coisa anda feia pra o meu lado, talvez eu tenha que aprender a ir ao banheiro na próxima brincadeira dessas pra não ouvir tudo o que eu não fiz, o que eu nem sabia que se fazia, e aquilo que eu queria e nunca fiz e parece que todo mundo já cansou de fazer... Mas o resto da festa foi bem divertido e eu até consegui lidar com uma bizarra naturalidade da companhia de duas amigas de outrora que já não são tão amigas; uma, a do cinema trágico, a outra, a que tem medo de mim. Whatever... Talvez tenha sido o álcool fluindo aos montes pelas minhas artérias, e ainda havia a ajuda da música.
Agora, momento do confessionário: até deu vontade de casar só pra ter uma despedida de solteira... eu sou muito estranha mesmo... nunca tive vontade de usar vestido de noiva, nem de entrar numa igreja ao som da Ave Maria ou da marcha nupcial, nem tive vontade de nada dessas trilhões de frescuras que MUITAS mulheres querem ao pensar em casamento, mas essa é a segunda despedida de solteiro que eu vou e eu achei tão divertidas e eu queria poder ter uma pra mim um dia, mas acho que se não tenho nem namorado, um futuro-marido torna-se ainda mais improvável... Acho que vai ser mais fácil eu ganhar na megasena, aí vai ser A despedida de solteira sem nem precisar de casamento. Isso seria fabuloso! Ei, se bem que, quando eu tiver O emprego dos meus sonhos, o que deve demorar ainda mais uns três, quatro anos, com certeza eu farei a despedida da minha vida de pobre professorinha e aí vai ser beeem legal. Ah se vai!

Bem, falando em futuro-marido, MCA está visivelmente mais magro. Eu gosto dele de qualquer jeito, mas assim ele fica mais elegante. Hoje ele apareceu de cabelo cortado bem curtinho. Eu reparei logo. Ficou bem nele, melhor do que já estava. Eu quis dizer isso, mas o que saiu foi só um idiota “cortou o cabelo, né, fulano?” e a minha pior risadinha de nervosismo, aquela que as pessoas costumam confundir com “ela tá me gozando!” eu não sei me expressar bem, e no que diz respeito à ele, tanto pior! Eu me atrasei propositadamente hoje pra não dar tempo de apresentar o que eu deveria apresentar na coordenação de hoje. Eu sabia que ele estaria lá. Eu sabia que ia engolir a seco e tremer e que faria papel de idiota se ele estivesse diante de mim e eu tivesse que declamar os poemas que deveria, ou propor as discussões, ou fazer o exercício de interpretação com ele ali me olhando com aqueles olhos pequenos e destruidores. Eu sei que ele não me olharia por vontade própria, mas porque é falta de educação alguém falar contigo e você olhar pra o lado. Sei que ele tem milhões de outras coisas às quais olhar e isso já me traz dor suficiente. Porque quando você se perde nos olhos de alguém, tudo o que se quer é que esses olhos se lancem nos seus... Só sei que tem alguma coisa acontecendo com ele. Dá pra sentir isso muito nitidamente. Ninguém começa a se mudar assim fisicamente sem uma mola, sem um motivo. Um bom motivo, aliás. Eu sei que ele está gostando de alguém. Não faço a menor idéia de quem seja e prefiro nem saber mesmo não porque isso não é problema meu, é dele. Gostar dele é o meu problema. Só meu. Ninguém pode me ajudar a carregar esse fardo. Quer dizer, tem o Tempo, mas ele é moroso e eu me enervo com sua morosidade. Queria que o Tempo levasse esse fardo pra longe de mim o mais rápido possível, pra ser mais exata, gostaria que esse fardo tivesse sido liberado dos meus ombros no instante em que MCA me deu três tapinhas nas costas e disse pra eu relaxar, pra eu não me preocupar com isso. Isso é o fato d’eu gostar dele e ele não gostar de mim. Só isso. Infelizmente não é assim que as coisas funcionam e, embora parte de mim nunca tenha conseguido se levantar daquele banco, esteja presa àquele momento, o resto faz o que pode pra dar conta da vida que ainda tenho pela frente. E se meu coração ficou petrificado ali naquele banco, naquela manhã de céu azul, naquele dia tão claro quanto triste, ávida continua e não pode esperar, não vai esperar nem pelo meu coração e nem pelo de ninguém. Meu corpo se move sobre a lápide daquele dia. Porque foi o último acontecimento realmente triste dos últimos meses pra mim. Pr’as pessoas ao meu redor o mundo guardou outras. Mas pra todos nós, a certeza de que junto com as pequenas alegrias da Vida, vêm os pesares, os fardos que parecem estar desproporcionalmente pesados pra que os carreguemos... não faço idéia de todas as tristezas que ainda me podem vir pela frente, mas não posso me preocupar com isso agora porque ainda não terminei de velar por aquele dia, pela minha felicidade, pela minha alma...

Meus senhores, creio que essa é a pior parte do que diz respeito à tentar abraçar a felicidade: calhar de ser recíproco o amor... não acho que eu o ame, não, não mesmo, mas eu gosto muito dele, desejo-o ardentemente e queria poder ficar com ele. Infelizmente ele não me quer, não gosta de mim mais do que o necessário pra trabalharmos juntos numa boa... como é que se convence alguém a gostar da gente? Impossível! Impossível! Ninguém nunca me convenceu a gostar de ninguém, como é que eu posso convencer qualquer cara a gostar de mim? Poxa, problemas financeiros eu posso arrumar fazendo economia, aparando umas arestas aqui e ali; minha família está caminhando a seu próprio passo e eu já consegui enorrrrrmes progressos no que diz respeito a me relacionar melhor com ela (exceto os casos gravíssimos que não têm solução mesmo: progenitora, cunhado babaca e irmão-fantasma-por-vontade-própria). Falando nisso, meus senhores, deixem-me abrir um parêntese: meu irmão-padre ligou ontem e aí me perguntou sobre um dos meus sobrinhos, um que tem umas alergias sinistras que deixam a pele dele com um aspecto muito feio. Eu disse que ele tinha piorado de novo e ele me perguntou por que eu não lhe fazia o menos uma visita. Respondi que não retornaria jamais ao lugar de onde me puseram pra fora. Ele me disse que eu deveria visitar meu sobrinho, não pensar no pai dele. Impossível, respondi. Impossível! Naquela casa eu não entro mais em hipótese alguma. Nem se o cunhado babaca morresse antes de mim, o que, apesar de tudo eu nunca desejei porque ele é o pai de dois dos meus sobrinhos queridos. Eu só queria que ele admitisse que foi escroto. Ele e minha irmã, aliás. Não que eu vá esquecer uma humilhação tão desgraçada quanto essa, mas seria bom saber que ele pensou na merda que fez e que se arrependeu. Talvez assim fosse uma pessoa melhor. Não se convida alguém pra ir morar na sua casa pra depois achar que pode desconvidar e vai ficar tudo “numa boa”. Numa boa de cu é rola! Numa boa o caralho!
Eu sinto muito pelo meu sobrinho. Gostaria que ele ficasse logo bom porque ninguém merece passar pelo que o menino têm passado, ninguém, quer dizer, talvez todos os políticos desgraçados. Mas, enfim, ele é um menino bom, doce, amável, não merecia isso. Fico com o coração apertado de pensar nele, mas naquela casa eu não volto nem mesmo por ele. Não volto não. Eu queria que ele ficasse bom. Queria ver aquele rostinho lindo de novo, sorrindo, feliz, curado. Isso é uma tristeza com a qual eu não sei lidar porque ele é inofensivo, nunca fez mal a ninguém, e está passando por coisas tão ruins, tem vivido situações tão tristes, está sendo tratado, fora da família, como um leproso... ele não tem amigos, mal vai à escola, as pessoas se afastam dele quando ele chega... ele tem só 15 anos! Por que tem que passar por essas coisas? Por que as pessoas de má índole não passam por isso? E os débeis dos pais dele ainda acham que ele vai segurar a barra e não tomar toda a coca-cola na geladeira sem ninguém ver... é uma porra de alergia ligada à alimentação e eles não mudaram até hoje a porra da comida da casa. Depois não vai adiantar chorar sobre o leite derramado. Uma das minhas irmãs disse que a mãe dele, a outra nossa irmã, ligou dia desses chorando desesperada pra ele quando ele piorou. Bem, eu não tenho pena dela não, só tenho pena dele que ganhou uns pais tão arredios. Não seria melhor mudar a alimentação de todos pra uma que fosse voltada pra o bem estar do menino agora enquanto ele pode ser beneficiado por isso? Mas eu já cansei de levar patada de irmãos no que diz respeito à criação dos seus filhos. Ele sabem o que é o melhor pra os seus filhos, dizem isso de boca cheia e esperam que eu acredite nessa merda. O que eu posso fazer? Eu só sou uma tia que não mora perto e nem sequer freqüenta a casa deles. À mim não cabe nada além de ouvir relatos e chorar de vez em quando. Enfim, espero que ele melhore. E vou continuar falando apesar das patadas. A mim não custa nada, mas talvez essa repetição um dia faça algum efeito...

Putz, esqueci totalmente o que eu estava escrevendo antes deste parêntese gigantesco...
Tive que olhar o texto de cima...
Voltando: então, o que diz respeito à minha vida, as coisas podem se encaminhar bem se eu der a direção certa, mas nada disso se aplica ao amor, à paixão porque o cara é que sabe se vai ou não gostar de mim, eu não posso decidir isso por ele, por mais que eu queira. Então essa é a cosia que mais preocupa porque está totalmente fora do meu controle, acho que até da minha influência... Deveria ser, portanto, o que menos ocupa minhas reflexões já que independe da minha vontade, mas é justo o contrário, é o que mais me atormenta, o que me consome... eu sou uma idiota completa mesmo.
Ah, além de constatar que sou uma idiota completa, constatei também que sou outra no trabalho. Sim, eu sempre sou gentil e prestativa e dificilmente me exponho. Nunca fico de cara fechada por lá. Não, meus senhores, não é porque eu seja tosca, rude, gratuitamente fora de lá, é que é como se eu não tivesse tristezas e pesares lá, mesmo que meu grande pesar esteja lá bem do meu lado... eu não conto pormenores da minha vida, nada que seja muito triste, nada que não esteja cicatrizado. Ninguém lá sabe que eu gosto do MCA. Quer dizer, a minha amiga do matutino sabe, mas, enfim, eu passo a maior parte do tempo sorrindo lá, especialmente quando a vontade era sair correndo e chorando pra longe de lá por causa dele que é o que mais costuma me fazer ter vontade de chorar lá. A minha vidinha é isso aí, meus senhores, é chorar por causa de um cara que nem sabe que eu gosto dele do jeito que gosto, trabalhar fazendo questão de ser bem-humorada porque também não tem nada a ver ficar choramingando por lá, estudar num departamento em que mal troquei algumas palavras com poucas pessoas nos últimos dois anos e meio, malhar numa academia trasheira total pra ver se consigo fazer alguma coisa com essa minha forma decadente e escrever aqui pra tentar pensar um pouco sobre o que me acontece no espaço dos dias entre o momento em que acordo e abro os olhos, e o momento em que me deito e os fecho por algumas horas de sono quase nunca reparadoras...

Agora, preciso dormir antes que eu gaste mais muitas horas da noite pensando e temendo o que é inevitável: a Solidão dessas paredes; dos meus braços vazios; a solidão do meu celular sem mensagens, sem toques em horários inapropriados; das almoços vendo estranhos sorrindos juntos; dos filmes vistos escutando casais se beijarem; dos dias dos namorados sem presente, sem cartão, sem namorado; das noites de sábado sem beijos; dos suspiros sem destinatário; das declarações de amor que nunca serão ditas e nem tampouco ouvidas; a Solidão do mundo de quem deseja e não deveria...

terça-feira, setembro 12, 2006

humores...

Bem, eu acabei de pintar as unhas dos pés. Por quê? Porque estou de bom-humor, quer dizer, é um bom-humor meio humor-negro na verdade, mas, enfim, já é um começo. E isso porque agora há pouco me liga a cunhada convidando pras coisas da formatura dela. Felizmente eu não precisei nem mentir, amanhã e quinta tenho aula mesmo, e, na quinta, ainda tenho compromisso depois da aula. Achei tão... esquisito ela me ligar convidando... logo ela que não me deixa levar minha sobrinha ao cinema... enfim, assim como são os seres, são as criaturas... deixa esse povo complexo pra lá.

Ontem foi um domingo bacana porque saí com amigas de noite. Eu só bebi suco de laranja, claaro, depois da beberagem do outro domingo no barco, tenho mais é que me cuidar pra não repetir a dose sempre. Eu nem gosto tanto assim mesmo de beber, quer dizer, não tão frequêntemente, mas gosto de tomar coisas mesmo é quando estou em festas... ai ai ai... nem sei quando é que estarei fora do castigo que eu mesma me impus de não ir à festas... Preciso controlar melhor minhas finanças e isso é meu dever de casa desse mês.
Mas, enfim, voltando à ontem e as amigas e o bar: eu gostei muito porque o lugar é bacana, estava relativamente vazio (o que eu acho ótimo!), tem realmente churrasquinho gostoso (apesar de todas as tonelaadas de cebola que vieram junto...) e estava rolando um dvd só com hits da transição 1980/1990 que era ótimo! pena que não dava pra dançar... digo, eu não tinha bebido nada além de suco de laranja, então não dava pra eu ser a única pessoa dançando no bar... e as meninas são divertidas como sempre. Como elas pertencem a um "sindicato" diferente do meu, às vezes me sinto flutuando na conversa, mas não me incomodo não, prefiro a conversa delas do que a de outras mulheres de facções diferentes da minha, como a das que têm filhos... ai ai ai... conversa entre mulheres que têm filhos, especialmente se forem filhos pequeninos, bebês, não termina nunca! e, normalmente, eu acho um saco! criança até que é legal, mas nada que sobreviva à alguns minutos de convivência... enfim, foi o segundo domingo massa na sequência. Espero que outros assim me aguardem! Acho que esse é o tipo da coisa que me faz ficar menos mal-humorada diante de uma segunda-feira :>

Meus senhores, orgulhem-se de mim: matriculei-me hoje a noite na academia. Até que ela não é tãaao trash quanto eu pensava, porque tem até leitor de digital na entrada... quando eu fazia musculação há séculos atrás em Sobradinho, era uma carteirinha com tarja magnética e eu já achava chique! Imagina agora?!
Amanhã eu conto, se tiver condições físicas, como foi a aulinha. Mas adianto que estou apreensiva, ansiosa. O carinha que fez minha matrícula disse pra eu vestir uma roupa que facilitasse as medições e riu quando eu disse que não tinha. Acho que ele achou que era mentira, mas é verdade, eu não tenho roupas de cotton nem muito menos de lycra. Eu disse pra ele que ia aparecer de moletom e camisetão. Espero que o instrutor desse turno entenda que não é má vontade minha, mas eu não vou aparecer lá vestindo a coisa mais colante que eu tenho que são minhas cuequinhas. Ora, francamente! Não me importo que as medições saiam erradas porque, enfim, todo mês eu usarei a mesmíssima roupa pra ser medida mesmo.

Hoje de manhã tivemos uma coordenação maravilhosa na qual vi MCA realizar movimentos que me deixaram com água na boca mas que, por conta das minhas risadinhas, fizeram ser alvo das chacotas entre os presentes e, cada vez que alguém mencionava meu nome, eu já ficava tensa e ansiosa... é que queriam que eu fosse cobaia dele... Nem pensar! Meus senhores, eu ia dar uma pala escrota se ele encostasse em mim! Das duas uma: ou iria rir até chorar ou então ia chorar mesmo, sem nem uma risadinha.
E um colega maluco quase me deu um beijo na boca que foi de brincadeirinha mas que se não fossem meus reflexos super mega ultra, teria sido de verdade. Sei lá o que deu nele hoje! Normalmente ele faz muitas brincadeirinhas comigo, mas nada que passe disso, e hoje ele veio pra cima de mim mesmo, se eu não tivesse empurrado ele pra trás no relfexo, teria me beijado... e eu levei um puta susto, claro! Ainda bem que MCA não estava presente, mas o outro colega que estava, aliás, do meu lado, também não deixou passar nenhuma oportunidade de me sacanear durante a tarde. Mas, ahhhh, meus senhores, ahhh... MCA estava hoje do jeitinho que o diabo gosta! Ai ai ai... cada posição que ele fazia eram tantos pensamentos libidinosos correndo pela minha cabeçona... ai ai ai... Mas, sabe, eu acho que ele tem mesmo medo de mim e eu sei que a culpa é minha... quem não ficaria assustado com a abordagem que eu fiz pra ele? Especialmente sendo um cara tímido... mas eu não me arrependo não, pelo menos tirei aquele nó da garganta. Tudo bem que seria muito melhor se ele tivesse caído na minha lábia, mas não caiu, fazer o que, né? Agora eu vou é investir em mim (é, já falei isso n vezes, mas é que é pra ser um mantra mesmo) e não ficar parada esperando que ele note que eu existo o que pode acontecer no dia em que um meteoro cair na Terra extinguindo 99,9% da raça humana... aff...
Ah, meus senhores, o foda é que ele é meu assunto favorito... Que droga...

Almocei com uma ex-colega de trabalho que foi resolver pendências lá hoje. Gosto muito dela e achei realmente uma pena ela ter permutado, mas ficou muito mais prático pra ela agora. Se bem que ela me disse que está de licença prêmio, aquela que eu só teri direito daqui há séculos... whatever... foi um almoço legal, e ainda contamos com a presença de um outro ex-colega meu, mas com esse eu almoço praticamente todas as segundas e quartas porque comemos sempre no mesmo restaurante.

Hoje é o aniversário de uma amiga que de até de vez em quando lê isto aqui. Ela ia comemorar, mas, enfim, plena segunda-feira, só se eu não tivesse o que fazer amanhã de manhã e, ao contrário, tenho muito o que fazer durante todo o dia... foi-se o tempo em que eu era jovem e conseguia virar noites e noites indo pra o trabalho tranqüilamente no dia seguinte. Querida amiguinha, espero mesmo que você me desculpe por não ir, mas eu sou uma pessoa velha e cansada que não tem condições físicas de ir à bares durante a semana, nem que fosse pra beber suco de laranja, coisa que eu já fiz ontem, aliás...
Bem, agora preciso terminar a outra bendita resenha que estou detestando fazer e tenho certeza que a professora vai detestar mais ainda ler...

Meus senhores, beijunda!

domingo, setembro 10, 2006

RC

Ontem eu comprei jaboticabas. Adoro jaboticabas. Aliás, eu gosto de todas essas frutinhas, mas a jaboticaba tem gosto de infância, sabe? Me lembra que um dia eu também subi em árvores e fiquei horas e horas comendo jaboticabas do pé... Eu subi em várias árvores quando era menina. Faz tempo...

Hoje eu tô me sentindo saudosita... E senti que estava esperando alguma coisa especial tocar no rádio, por isso estava enrolando tanto pra tomar banho. Aí aconteceu: Roberto Carlos! Bem, na verdade era a Maria Bethânia cantando uma música do Roberto Carlos que eu amo: olha. Sim, meus senhores, eu também acho que esta música é a minha cara. Lembrei do depoimento da dona que passou depois da novela e que foi um escândalo e que, aparentemente, só eu não vi... Bem, ainda não estou na fase de me masturbar ouvindo Roberto Carlos, mas, enfim, eu gosto muito dessas músicas mais antigas e mais dor-de-cotovelo dele.

Pior é que, pouquíssimas músicas depois, começou uma sequência foda (na verdade eu fiquei dançando aqui sentada e pensando em coisas foda...) : Ladytron - beauty number 2; Tiga - good as gold. Impressionante como umas músicas tem as manhas de tocar lá no ponto G da questão. Impressionante! Então, amigo gravador de cd's, se estiver nos seus planos gravar mais algum pra mim, ponha essas duas músicas nele por favor!

Bem, agora eu vou tomar banho porque preciso lavar os cabelos...
Putz, que preguiça escrota de fazer aquilo que eu tenho que fazer!
Gostaria que os professores não passassem tantas resenhas... :/

quinta-feira, setembro 07, 2006

vim, vi...

Ganhei um monte de camisetas de um amigo pra distribuir pras minhas amigas P, M e G. Elas são parecidas, têm poucos modelos diferenciados entre si, mas as estampas são legais e - melhor de tudo - foram de graça! Eu vou sair distribuindo entre as amigas, mas não é nada pra agora porque estou meio enrolada e ocupada.

Coisas que vi hoje e me marcaram:
- sujeito de meia-idade, aparentemente parando do seu cooper matinal na L2 sul, parou e fez xixi virado de frente pra pista... isso é q é classe média esclaredcida! aff...
- um velhinho muuuito parecido com o Mário Quintana, aí fiquei pensando naquilo que ele escreveu sobre os outros que passarão e ele, passarinho...
- a ineficiência dos serviços em Brasília... fui comprar passe estudantil e nãoi pude porque, de acordo com "coordenadora", eu usei cinco passes numa quinta-feira de julho. até parece! eu uso, no máximo 4, até mesmo porque eu tenho vale-transporte.

terça-feira, setembro 05, 2006

espinho na garganta

Estou com mais um espinho atravessado na garganta... que raiva!
Como é que as pessoas podem ser tão caras-de-pau ou/e tão insensíveis assim? Fico puta com umas coisas dessas. Meus senhores, acreditem se quiserem: se lembram daquela pessoa que me acusou, capítulos atrás nessa novela mexicana, de ser uma interesseira, que dava em cima dos caras e ainda era muito negativa? Pois é, pois eu tive que ouvir desta criatura que eu deveria parar de bobagens e ir pra sua festa no sábado. Pela boa educação, eu disse um amargo obrigada mas eu não vou não. Por educação e educação apenas. Porque estávamos na festa de uma amiga que eu amo e que não verei durante um tempo. E porque eu não gostaria de deixar nela essa última impressão. Porque a vontade, meus senhores, era de virar aquela mesa e gritar e empurrá-la, bater nela só por ter tido a desfaçatez de me dizer algo tão idiota. Bem, na verdade, idiota mesmo sou eu por imaginar que uma pessoa que se dizia minha amiga e foi capaz de fazer um julgamento tão escroto a meu respeito pudesse saber o que é magoar alguém nessa profundidade. Ela nunca poderia saber mesmo o dano que me causou. Nunca. Quem bate esquece, quem apanha, não. Quanto à mim, jamais esqueceria essa bobagem porque eu preciso estar mais atenta. Tivesse sido eu menos idiota, teria sacado tudo quando ouvi aquelas palavras fraternas: “não se meta na minha vida”. Se pra bom entendedor meia palavra basta, a mim, nem a frase inteira conseguiu alertar dos perigos de continuar sendo amiga de alguém assim. Fosse pelo que fosse, deveria eu ter me poupado dos ridículos futuros. Mas, enfim, agora já não dá mais pra ficar chorando sobre o leitinho derramado, então é isso aí, nada de ficar desculpando o que é escroto. E isso serve pra todo mundo, inclusive pra quem eu gostava mais. Inclusive pr'aquelas que eu achava que seriam minhas amigas até o fim dos tempos... Aliás, ontem encontrei com mais uma, uma que foi muitíssimo minha amiga, mas agora é mais uma lembrança sépia nas minhas recordações. Seria como tentar remendar um vaso de cristal com durepox cinza, sabe? Gosto dela e tals, mas a amizade de antes também já foi pras cucuias. Acho que realmente tenho um talento peculiar pra me aproximar e me afastar de amigas. Essa daí depois de umas e outras admitiu que se afastou porque ficou com medo de mim. E eu sei bem porquê. Lembro da última conversa que tivemos e do que eu disse pra ela porque ela me perguntou. E eu respondi não foi pra fazer mal, respondi o que eu pensava. Depois disso, tchau amizade de anos...
Ela disse que me ligaria essa semana, disse que falava a verdade. Eu sei que não vou esperar pra ver. Não quero esperar mais nada de ninguém. Porque se nem minha mãe foi gente fina comigo, por que as ditas amigas seriam? Minha lista de perda só tem aumentado ao longo dos anos... Infelizmente. Daqui a pouco não tenho mais nenhuma... Mas e aí, o que eu faço então de agora em diante? Minto? Faço de conta que as coisas não me machucam, não me ferem? Olho as maiores merdas e concordo com tudo?

Mas, meus senhores, voltando à vaca fria: não é uma coisa assim, digamos, totalmente esquizofrênica? Como é que alguém diz o que essa pessoa me disse e aí, passado um tempinho, vira e me diz com a maior naturalidade pra eu deixar de bobagens, como se fosse uma manha minha? Meus senhores, vocês percebem algo de muito esquisito nisso ou só sou eu a louca mesmo?
E se alguém vier com aquele papo de perdão e blá, blá, blá... eu já disse, não sou cristã, não dou a outra face, não perdôo 7 x 70 (nem 1 x 2 pra ser sincera), e não creio que o paraíso me espera por perdoar quem me maltrata. Se os humilhados um dia serão exaltados, lá no céu, no paraíso, isso eu não sei e nem quero esperar pra ver. O que eu digo é: já fui sacaneada o bastante. Já me deixei pisar o bastante. Agora já deu, né? Chega! Porque mesmo eu reconhecendo minha vida loser, não vou servir de capacho pra os caprichos de ninguém, nem amiga, nem namorado, nem amante, nem irmão, nem nada. E se eu tiver que me humilhar, que seja pela Paz Mundial ou pelo Fim da Fome no Mundo.
Quanto à ela, espero que recupere a capacidade de se lembrar dos estragos que comete. Porque esse problema de perda de memória recente seletiva é uma bosta.
De qualquer forma tomara que seja bem feliz seja lá onde estiver e me esqueça completamente. Se eu pudesse, faria o mesmo.
Enfim, a festa de domingo só não foi melhor por conta disso. Que merda.
Será que meu último e-mail pra esta pessoa não foi suficientemente claro? Será que ela imaginou que eu, idiota e sentimental como sempre fui, deixaria passar mais essa? Que eu iria fazer o que já fiz e abraçá-la chorando como se eu realmente tivesse alguma culpa?! Mas era só o que me faltava mesmo! Aos quintos dos infernos com abraços e choramingações! Que vá procurar outra imbecil pra servir de tapete e de alvo pras próprias decepções. Eu faço isso comigo mesma, porque ela não pode se culpar a si mesma pela falta de interesse do garoto em questão ou porque realmente só atraía caras altamente chave-de-cadeia? Porque eu tenho que ser a escrota? Resposta fácil, meus senhores: porque eu deixei.
Deixei, passado. Passado pra lá de imperfeito.

Whatever.

No mais, tudo na mesma. Mas, por um lado, isso é bom. Estou tentando adquirir e manter uma rotina. Uma rotina positiva, eu diria. Sei lá, estranhamente tenho acordado de bom-humor... E, na maior parte do tempo, tenho conseguido conservá-lo. Espero que as coisas continuem fluindo pra mim, fluindo numa boa... nossa, como diria meu amigo ex-cabeludo-metaleiro, tô praticamente uma pódi-crê... Creeedo!

sábado, setembro 02, 2006

decepção... (pois é, mais uma...)

Ontem de noite fui pra exposição da minha ex-professora de pintura lá em Sobradinho. Nossa, fazia séculos que eu não a via. Ela continua como antes, só que mais velha. Estranho pensar nisso... Ela lembrou de coisas que eu esquecera há muito, como os desenhos que eu fazia, um em que ela fez uma composição com uma bíblia... Fui com o meu primeiro namorado. Fui à casa dele antes pra pegar umas fotos de nós dois pra copiar. Ele me mostrou uns vídeos que fez pra participar do festival do minuto lá no Amazonas. E a gente conversou sobre coisas esdrúxulas. Ele é o cara de pensamento mais subversivo que eu conheci em toda minha vida. Tradicional e medrosa como eu sempre fui, nunca ficaríamos juntos mesmo... Entre outras coisas, ele me falou a respeito de semear maconha em terrenos baldios no país inteiro. Pegar um aviãozinho e sair tacando semente de maconha por aí. Outra coisa: fazer biodiesel de óleo de semente de maconha. Isso ajudaria milhares de famílias de pequenos agricultores, especialmente no nordeste. Aí nada se perderia, nem as folhas nem a semente. Ele é muito inventivo. E tem uma habilidade manual escrota. Embarca na segunda pra Manaus e depois de uns dias vai pra Portugal. Sentirei saudade dele, mas sei que é melhor pra ele fazer essas viagens e ir tentando a vida noutras paragens.
A exposição eu achei fraquinha, na verdade, o Bacharelado em Artes Plásticas deve fazer isso com todos os alunos; tudo vira clichê, fica repetitivo... Mas eu gostei de dois quadros da ex-professora, duas naturezas-mortas com flores. Um eu gostei por causa do espatulado, porque a tinta fica em relevo, pastosa, brilhante. Acho bonito de ver. O outro porque era uma flor vermelhinha, papoulas, ela disse. E eram tão bem pintados! Como uma ilustração científica.
Minha irmã mais velha foi quem me avisou sobre a exposição, então eu a encontrei lá, junto com minha sobrinha e uma amiga dela. Elas vieram me deixar em casa, mas acabei indo pra Esplanada porque estava rolando a despedida de um colega, vizinho, que é muito amigo dos meninos. Foi legal até certo ponto porque descobri que um dos meus melhores amigos está entrando numa onda errada. Ele me preocupa mais entre todos os meus amigos, porque já tem problemas de saúde, e ainda anda participando desses esquemas que me deixaram triste e decepcionada. Mas não era todo mundo não, eram só alguns. Acho que realmente nossos caminhos tomaram direções distintas...

*começou a chover aqui*

É estranho pensar nesse tipo de coisa, amigos indo em direções tão contrárias... e de que vale a experiência e a maturidade nessas horas se eles jogam tudo na lixeira atrás de emoções descartáveis? É esquisitíssimo ver que um cara que eu amo e respeito se deixa levar pelo lixo das mentes ociosas... Um outro que tava na parada é um filhinho de mamãe, não precisa trabalhar e nem fazer nada pra ter a vida boa que tem. Mas ele, meu amigo, o cara sempre ralou! O que ele faz junto dessas pessoas eu sinceramente não sei... Acho que é o lance de se estar perdido e ir na direção do discurso mais fácil... Pra algumas pessoas, a religião, pra outras, as drogas... Mas as drogas não vão durar pra sempre, não dura o entusiasmo, nem as mesmas sensações provocadas. Antes tudo bem, nunca ouvi dizer que alguém tenha morrido de overdose de maconha, mas pó... putz... Uma pena...
Lá pelas tantas, diante do comportamento já alterado das pessoas, preferi ir pra o carro dormir... E aí voltei pra casa...

Ah, ouvi ontem uma coisa que me deixou tão boquiaberta que fiquei sem palavras: ouvi um estranhíssimo pedido de desculpas, ou seria apenas um comunicado de que o cara agora entendia que desperdiçou uma chance de ser uma pessoa melhor? Bem, mas o fato é que ele me disse que tinha errado grandão comigo (nas palavras dele) e que poderia ter sido melhor pra mim, poderia ter me tratado melhor. Eu não esperava por uma coisa dessas naquele momento, aliás, em momento algum. Um pouco antes disso ele já havia me dito que gostava muito de mim e que lamentava a gente se ver tão pouco... Eu disse que sentia o mesmo e sinto. Gosto muito dos meninos e por este em particular, já chorei bastante, mas, enfim, águas passadas. Meu interesse nele é de amizade agora e, vendo em retrospecto, nunca tivemos nada a ver mesmo. Putz, passamos por situações bizarras... Agora fica engraçado, mas na época... putz...

Com relação ao Meu Certo Alguém (MCA), esse me deixa mais confusa a cada dia que passa, mas eu não vou ficar me martirizando por causa dele. MUTATIS MUTANDI. Vou mudar o que é necessário. Vou mudar o que puder ser mudado a meu favor, e eu nem digo coisas enormes como obter a paz mundial, estou falando de coisas pequenas como ir de chinelo pra o trabalho e entrar pra uma academia. Exemplo melhor: me incomodava o fato dos aluninhos me chamarem de tia, mas eu deixava, mas aí eu pensei, se isso me incomoda, por que eu deixo? Então resolvi usar uma placa escrito professora bem grande em vermelho e ter uma conversa com todas as turmas. Dá um puta trabalhão ficar lembrando toda hora que não sou tia, sou professora, mas, enfim, quase todos já me chamam de professora agora na maior parte do tempo. E já sei que, se continuar lá no ano que vem, terei essa conversa com eles desde o primeiro dia de aula.
Quanto ao MCA, o motivo da confusão: ele fica fazendo brincadeirinhas demais com uma nossa colega, aquela que achei que fosse rolo dele, mas é pra mim que ele fica olhando. Não sei se é pra me provocar ou o que. Mas sei que isso me irrita. Ah, eu perguntei pra ele porque ele tá indo trabalhar de bicicleta e ele respondeu que é porque não tem outro tempo pra pedalar. Mas eu acho que ele quer ficar mais magro. Quase que eu disse não pedala não, fica assim mesmo que tá ótimo! Mas eu não poderia dizer algo do tipo... Lá ninguém sabe que eu gosto dele, quer dizer, só a minha amiga do matutino, mas não creio que ela tenha dito pra ninguém. Tanto melhor. Não preciso de ninguém tendo pena de mim, especialmente lá no trabalho.
Eu continuo mantendo conversas descontraídas com ele, embora elas pareçam descontraídas só pra mim... :> Sinto que ele fica meio com o pé atrás ainda. Também pudera, né? Isso é que dá falar pra um bobo como ele que eu gosto dele... Mas eu não me arrependo não. De jeito nenhum. Eu precisava desabafar ou explodiria. E ele que fique com a parte de responsabilidade por ter me cativado...
Não sei se ele gosta da outra ou não, mas que fica fazendo piadinhas com e sobre ela muito mais do que faz com qualquer outra mulher daquela escola, isso é fato.
Eu me dou bem com todo mundo. E também sou brincalhona com meus colegas, até com ele. Mas com os outros eu converso muito mais porque me sinto livre pra falar o que penso e o que sinto, coisa que não funciona muito bem com ele... porque ele me intimida porque eu gosto dele. Tem até um colega lá que já me chamou pra ir numa festa na casa de um dos seus irmãos e, se eu puder, vou mesmo. A gente sempre troca umas figurinhas sobre música porque temos gostos musicais semelhantes no que diz respeito à música brasileira. Ele já gravou um monte de cd’s pra mim e eu gostei de todos. Os mais recentes foram da Virgínia Rodrigues e do Renato Braz. Eu só dei uns dois cd’s pra ele porque não tenho gravadora de cd em casa... Mas a gente também conversa sobre várias outras coisas. Eu sinto que eles simpatizam comigo, agora, lá no trabalho. Eu sou uma boa pessoa, sou legal, basta me dar um tempo pra poder me conhecer um pouquinho...

Ah, no mais, estou me sentindo melhor esses dias. Melhor porque um pouco menos ansiosa. Acho que o placebo que a homeopata me receitou está fazendo efeito :>
Pensei em fazer várias bobagens durante a semana, incluindo e-mails e telefonemas pra o MCA, mas três segundos depois, meus senhores, eu percebia como esta era uma péssima idéia... Felizmente percebi isso.

Estou tomando coragem pra ir à feira do livro mais tarde, pra babar sobre milhões e milhões de exemplares, porque comprar que é bom, isso eu não posso fazer... a não ser que tenha uma banca da Ediouro lá porque ela tem feito muitas promoções de R$9,90 de seus livros que nem sempre são lá muito bons, mas, por esse preço, sendo razoáveis já paga...

Quanto aos homens em geral: não, obrigada. Ah, deixa eles pra lá, né? Eu bem que precisava de um, mas, enfim, acho que não é o tipo de artigo que se encontre por aí só com a força do coração... então, deixa pra lá. Achei outra coisa pra me concentrar: festa de aniversário! Pois é, tenho dois amigos que fazem aniversário muito perto do meu e estamos combinando de fazer festinha. Engraçado é que um faz uma semana antes e o outro uma semana depois do meu, exatamente! Se tudo der certo, eu aviso depois como vai ser.

Beijunda!